Catar nega que foi informado antecipadamente de ataque de Israel; Irã, Turquia repudiam ação

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Catar, Majed Al Ansari, negou que o país tenha sido informado antecipadamente do ataque de Israel a Doha. “As declarações que circulam sobre o Catar ter sido informado do ataque com antecedência são infundadas. O telefonema de uma autoridade americana ocorreu durante o som das explosões causadas pelo ataque israelense em Doha”, afirmou Al Ansari em registro no X.

O Irã, por sua vez, condenou veemente a agressão militar ao Qatar. “O Ministério das Relações Exteriores da República Islâmica do Irã condena veementemente a ação criminosa do regime sionista no ataque militar contra o Catar e a tentativa de assassinato de líderes palestinos”, informou o governo de Teerã em comunicado.

Caracterizando o ataque como terrorista, o Irã disse que a ação constitui uma flagrante violação dos princípios da Carta das Nações Unidas e das regras fundamentais do direito internacional, além de uma clara agressão contra a soberania e a integridade territorial do Qatar.

O presidente da Turquia, Recep Erdogan, também considerou a investida israelense como o sinal de que o governo de Benjamin Netanyahu pretende aprofundar o conflito e a instabilidade regional.

“Este ataque, uma clara violação do direito internacional e da soberania do Catar, também teve como alvo a segurança e a paz do nosso país irmão, o Catar. Condeno este ataque”, disse Erdogan também no X.

A condenação ao movimento de Israel também foi engrossada pelo Ministério de Relações Exteriores de Portugal.

Para o governo português, o ataque viola a soberania do Qatar e aumenta o risco de escalada de violência na região. “Reforçamos que a prioridade é o cessar-fogo imediato e a libertação dos reféns. A solução de dois Estados é essencial para uma paz estável”, disse o ministério.

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