O carro chinês é uma realidade cada vez mais presente nas ruas e estradas do Brasil. Isso se intensificou com a entrada de marcas como BYD e GWM no segmento de automóveis. Aliás, as duas prometem iniciar a produção no País nas próximas semanas.
A BYD tem a estratégia mais agressiva, baseada em uma intensa agenda de lançamentos e promoções. Com isso, superou até a Toyota em maio e já é a quarta marca mais com mais emplacamentos do País, considerando as vendas no varejo – sem contar as para frotistas.
E mais chinesas estão vindo. A GAC acaba de lançar cinco carros no Brasil. A gigante estreia com mais de 80 pontos de venda, sendo 30 concessionárias. Já a Omoda & Jaecoo foca SUVs e, embora faça parte da Chery, tem operação independente da Caoa Chery.
A Geely, que esteve no País entre 2014 e 2018, está de volta em parceria com a Renault. E promete iniciar as vendas do SUV elétrico EX5 em julho.
Outras novatas são a Zeekr, marca de luxo da Geely, e Leapmotor, da Stellantis. O grupo é dono ainda de Fiat, Jeep, Citroën e Peugeot, entre outras.
Se o ritmo for mantido, todo brasileiro que ainda não tem carro chinês certamente terá um em algum momento. E nem todo consumidor sabe que há vários carros de marcas ocidentais feitos na China rodando no Brasil. Isso sem falar dos projetos desenvolvidos total ou parcialmente em centros de engenharia e tecnologia chineses. Veja alguns:
BMW iX3. Lançado no Brasil em 2022, o iX3 teve a produção iniciada um ano antes na fábrica da BMW Brilliance Automotive. Primeiro carro chinês da BMW vendido no País, o SUV elétrico parte de R$ 519.950
FIAT TITANO. Dos modelos criados na China e vendidos aqui, um dos destaques é a Fiat Titano, que vinha do Uruguai e recentemente passou a ser feita na Argentina. A picape média é baseada na Peugeot Landtrek que, por sua vez, deriva da Changan Kaicene F70.
FORD TERRITORY. Vendido na China com o nome de Equator, o SUV médio chegou ao Brasil em 2020. Derivado do chinês Yusheng S330, da JMC, ou Jiangling Motors Corporation, o médio foi renovado e reestreia no País em julho. Por ora, não há confirmação da vinda da versão híbrida. O preço, de R$ 215 mil, não deve mudar.
CHEVROLET ONIX, MONTANA E TRACKER. De 2019, o atual sedã Onix Plus foi o primeiro carro de uma linha feita sobre a plataforma GEM, desenvolvida na China. O hatch Onix, a picape Montana e o SUV Tracker completam a família feita no Brasil. O próximo a vir é o Yep Plus, da Baojun, com o nome de Chevrolet Spark. O motor elétrico gera 101 cv e as baterias de 42 kWh garantem autonomia de 300 km no ciclo global WLTP.
VOLVO EX30. O SUV global chegou ao País no fim de 2023. Desenvolvido em parceria com a Geely, dona da marca sueca, o modelo foi feito primeiro na China e, depois, também na Europa. Além dele, o EX90, de topo da Volvo, também era fabricado exclusivamente no país asiático. Porém, com o aumento do veto dos europeus a produtos chineses, parte da produção vem sendo transferida.
VOLKSWAGEN AMAROK. A próxima geração da picape média deverá ser baseada na Maxus Terron, da SAIC. O modelo pode ter conjuntos híbridos convencionais (HEV), plug-in (PHEV) ou 100% elétricos. A nova Amarok será feita na Argentina a partir de 2027.
MINI COOPER. Todas as versões elétricas da Mini foram feitas primeiro na China – o Aceman, que acaba de vir ao País, estreou no Salão de Pequim. Outro compacto “europeu” feito lá é o Kwid E-Tech. O elétrico é fabricado pela eGT New Energy Automotive, que une Dongfeng, Renault e Nissan.