Total de desempregados renova piso histórico, a 6,045 milhões, mostra IBGE

A população desocupada renovou o piso da série histórica iniciada em 2012, descendo a 6,045 milhões de pessoas no trimestre terminado em setembro. Ao mesmo tempo, a população ocupada registrou o maior contingente já registrado, com 102,433 milhões de trabalhadores.

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que mostrou nesta sexta-feira, 31, que a taxa de desocupação no Brasil ficou em 5,6% no trimestre encerrado em setembro. Esta taxa repetiu o patamar do trimestre terminado em agosto, mantendo-se assim no menor resultado em toda a série histórica da Pnad Contínua.

A taxa composta de subutilização da força de trabalho foi de 13,9%, a mais baixa da série iniciada em 2012. A população subutilizada ficou somou 15,804 milhões de pessoas, a menor desde o trimestre terminado em dezembro de 2014.

O contingente de subocupados por insuficiência de horas foi de 4,535 milhões, o mais baixo desde o trimestre até abril de 2016.

Atividades econômicas

Cinco das dez atividades econômicas registraram demissões no trimestre encerrado em setembro, segundo os dados da Pnad Contínua.

Na passagem do trimestre terminado em junho para o trimestre encerrado em setembro, houve redução na ocupação em serviços domésticos (-165 mil), indústria (-19 mil), informação, comunicação e atividades financeiras, profissionais e administrativas (-85 mil), outros serviços (-137 mil) e comércio (-274 mil).

Houve geração de postos de trabalho em administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (210 mil), transporte (17 mil), agricultura (260 mil), alojamento e alimentação (60 mil) e construção (249 mil).

Em relação ao patamar de um ano antes, houve contratações na indústria (185 mil), administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (724 mil trabalhadores a mais), construção (172 mil pessoas), informação, comunicação e atividades financeiras (252 mil), transporte (371 mil), agricultura (56 mil) e alojamento e alimentação (27 mil). Houve demissões no comércio (-10 mil), outros serviços (-116 mil) e serviços domésticos (-301 mil).

Massa de renda

A massa de salários em circulação na economia renovou patamar recorde no trimestre encerrado em setembro, totalizando R$ 354,564 bilhões. O rendimento médio real dos trabalhadores também subiu ao ápice da série, para R$ 3.507 no período.

“Isso reflete a expansão da população ocupada, sendo que essa expansão também está sendo acompanhada por um crescimento no rendimento médio real dos trabalhadores”, disse Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios no IBGE.

O resultado da massa de renda significou um aumento de R$ 18,525 bilhões no período de um ano, alta de 5,5% no trimestre encerrado em setembro de 2025 ante o trimestre terminado em setembro de 2024. Na comparação com o trimestre terminado em junho de 2025, a massa de renda real cresceu 0,4% no trimestre terminado em setembro, R$ 1,349 bilhão a mais.

O rendimento médio dos trabalhadores ocupados teve uma alta real de 0,3% na comparação com o trimestre até junho, R$ 10 a mais. Em relação ao trimestre encerrado em setembro de 2024, a renda média real de todos os trabalhadores ocupados subiu 4,0%, R$ 133 a mais.

A renda nominal, ou seja, antes que seja descontada a inflação no período, ficou estável no trimestre terminado em setembro ante o trimestre encerrado em junho. Já na comparação com o trimestre terminado em setembro de 2024, houve elevação de 9,3% na renda média nominal.

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Por Redação Folha de Guarulhos.

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