SP tem 590 registros de roubo ou furto no pré-carnaval

Duas mulheres foram presas com 16 celulares furtados em bloquinhos de pré-carnaval na região de Santo Amaro, na zona sul de São Paulo, neste domingo, 23. Na República, um homem foi preso com dois celulares roubados após foliões gritarem “pega ladrão”.

Ao todo, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP) registrou 590 casos de roubo ou furto na capital paulista no fim de semana que antecede o carnaval, data de início dos grandes blocos de rua.

O número representa queda de 60% em relação a 2023, quando foram registrados 1.508 roubos e furtos na cidade no fim de semana pré-carnaval. Ainda assim, foram em média 12 roubos e furtos por hora na cidade, considerando as 48 horas do fim de semana.

Se todos esses crimes tivessem sido cometidos em blocos de carnaval, seriam 29 casos por hora, já que a concentração, o desfile e a dispersão dos eventos ocorrem entre 9h e 19h.

“Devido às ações das Polícias Militar e Civil, com reforço de segurança em pontos estratégicos, diversos suspeitos foram presos e apreendidos no evento”, afirma a pasta de segurança pública do Estado.

Com a prisão das duas mulheres com celulares furtados na zona sul, pelo menos três vítimas tiveram os aparelhos recuperados no local. “As demais serão acionadas para comparecerem na delegacia”, diz a SSP.

Os dados da SSP apontam, ainda, redução de 59% nos casos em que houve uso de violência para cometer o roubo. No ano passado, 518 casos tiveram registro de violência neste período do ano, contra 211 no último fim de semana.

Na zona oeste, o sistema de monitoramento por drone da Polícia Militar, adotado para fiscalizar possíveis ocorrências criminais durante as festas de carnaval, conseguiu flagrar um furto a celular durante um bloco realizado na Avenida Marquês de São Vicente, na Barra Funda, na tarde de sábado, 22.

As imagens, obtidas pelo Estadão, contribuíram para a polícia capturar o trio de suspeitos de praticar o crime. Com eles – dois rapazes e uma mulher -, foram encontrados ao menos cinco aparelhos celulares e um cartão. Um dos celulares foi devolvido para o dono.

É no fim de semana que antecede o feriado que acontecem blocos como o Acadêmicos do Baixo Augusta, que tem a atriz Alessandra Negrini como rainha e a médica e influenciadora Thelminha Assis como diva. Só este desfile reuniu cerca de um milhão de pessoas na zona central da cidade.

Na zona sul, outros milhares de foliões curtiram o bloco Modo Surto, que teve show da cantora Luísa Sonza. Na zona oeste, aconteceu o Solteiro Não Trai, com o sertanejo Gustavo Mioto.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, são esperados cerca de 25 milhões de foliões na capital ao longo de todo o período de carnaval. A cidade terá 767 blocos e aproximadamente 20 mil policiais militares atuando nas ruas.

Veja dicas para curtir os bloquinhos de carnaval em segurança

Para evitar roubos e furtos durante os blocos de carnaval, a delegada Fernanda Herbella, da divisão de atendimento ao turista (Deatur) do Estado de São Paulo, recomenda que o folião “sempre carregue carteira e celular à frente e próximo do corpo”.

“Cordinhas de celular (e doleiras) que você pode colocar por dentro da roupa funcionam bastante e são bem seguras. Nunca deixe celular, carteira e cartões nos bolsos de trás ou nos bolsos sem zíper”, diz Fernanda.

Outra dica é guardar em local seguro o número de IMEI do seu aparelho celular para solicitar o bloqueio em caso de furto ou roubo. Se tiver o aparelho levado, relate imediatamente a ocorrência aos bancos e registre um boletim de ocorrência online.

Na hora de compras bebidas, “nunca entregue o cartão de crédito na mão de ninguém, principalmente vendedores ambulantes”, afirma a delegada. Isso porque há registros de golpes de clonagem de cartão em eventos como o carnaval.

“O cartão sempre fica na sua mão. Você que irá aproximar e colocar a sua senha e somente após analisar se está correto o valor”, diz Fernanda A delegada recomenda, ainda, evitar a confirmação da compra se o leitor de cartão estiver quebrado ou com fitas adesivas que escondam a máquina de cartão.

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