Santos recebe aprovação da Prefeitura para erguer estádio de R$ 700 milhões; veja detalhes

A aprovação do projeto de construção da nova arena do Santos foi oficializada nesta sexta-feira, quando o presidente do clube, Marcelo Teixeira, assinou acordo durante evento no Palácio José Bonifácio, sede da Prefeitura da cidade do litoral paulista. O documento também foi assinado pelo prefeito Rogério Santos (Republicanos) e por Luiz Otávio Alves, diretor de Novos Negócios da WTorre.

O projeto prevê investimento total na casa dos R$ 700 milhões, que inclui contrapartidas prometidas pelo clube e pela WTorre ao município, ligadas à infraestrutura dos arredores do estádio, como revitalização de vias, instalação de câmeras de segurança e melhora na sinalização.

“A Vila Belmiro se torna famosa no mundo por causa do Santos. Todas as pessoas que moram no entorno fazem parte da dinâmica do estádio. É um dos equipamentos mais importantes do bairro, junto com as escolas. Esse projeto tem o olhar dos técnicos da Prefeitura do aprimoramento do convívio do equipamento com as pessoas. Todas as medidas compensatórias e mitigatórias visam a melhoria da qualidade de vida do morador”, disse o prefeito.

A arena multiuso, que também será utilizada para shows e eventos, terá 30 mil lugares e até 600 vagas de estacionamento no mesmo terreno da atual Vila Belmiro. A previsão é que as obras durem aproximadamente três anos, seguindo o plano assinado pelo arquiteto Luiz Volpato.

O cronograma das próximas etapas será detalhado em uma coletiva de imprensa, ainda sem data marcada, conforme informado por Marcelo Teixeira durante a cerimônia desta sexta.

“É um momento histórico para a Baixada Santista e para o Santo Futebol Clubes. É a entrega de um equipamento que não será utilizado apenas para jogos de futebol. Está sendo destacada a nossa história, nossa tradição e valorizando a Vila Belmiro, que já teve diversas fazes, entre elas nossa arquibancada de madeira. Era imprescindível melhorar e modernizar o estádio. É um passo fundamental”, disse o dirigente durante discurso.

Teixeira também confirmou que o Santos mantém a ideia de mandar partidas na Mercado Livre Arena Pacaembu, em São Paulo, quando as obras da nova Vila forem iniciadas. Buscar outras estádios para jogar, contudo, não está descartado. Neymar, grande astro do time, é crítico voraz dos gramados sintéticos, tipo de solo do Pacaembu.

“O Santos definiu como palco o Mercado Livre Pacaembu durante a construção da nova arena, mas temos parcerias com clubes em São Paulo. Estamos jogando no MorumBis nos últimos jogos e pretendemos atuar não só no estado, mas em outros palcos para que o Santos possa atuar. Conversando com o prefeito, deputado, comitê de gestão e mesa do conselho, estamos estudando possibilidade referentes aos estádios em Santos.”

Anteriormente, o acordo previa um direito de outorga por 30 anos. Agora, o Santos manterá integralmente o direito de superfície do estádio durante os 30 anos, preservando a propriedade do clube e 100% das receitas relacionadas ao futebol.

A WTorre, por sua vez, será responsável por toda a parte operacional e estrutural da nova arena, além da administração de locações, concessões, naming rights e eventos como shows. No contrato anterior, o Santos tinha apenas um repasse progressivo. No modelo atual, o clube passa a ser majoritário, com percentuais que variam entre 55% e 70% dos lucros obtidos, dependendo da performance do equipamento durante o ano.

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