O ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, estimou nesta terça-feira, 10, que o ressarcimento dos aposentados e pensionistas lesados pelas fraudes milionárias ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) fique entre R$ 2 bilhões e R$ 3 bilhões, podendo chegar, no máximo a R$ 4 bilhões.
“Mas é só uma expectativa, é melhor esperar os dados do aplicativo”, ponderou o ministro, frisando que o número total das fraudes ao INSS e do valor total do ressarcimento depende diretamente das declarações, pelos aposentados e pensionistas, de que não reconhecem os descontos realizados em seus benefícios.
As indicações se deram após uma pergunta do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), a quem Wolney chegou a agradecer pela postura “equilibrada, centrada e focada nos aposentados”.
O ministro frisou que “poucas vezes” viu o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, “tão indignado quanto” nas reuniões internas com relação às fraudes ao INSS.
Wolney concordou com Nikolas de que o ideal é que o dinheiro do ressarcimento dos fraudados parta dos fraudadores, para que “para que não seja a sociedade que seja dedicada a ressarcir esse dinheiro”.
De outro lado, o ministro entoou a fala do deputado Pedro Campos (PSB-PE) no sentido de que, “entre a demora judicial para se buscar esse dinheiro, se identificar esse patrimônio, e trazer ele de volta, os aposentados não podem esperar”. “Acho que há um consenso quanto a isso. O que não pode é ficar no esquecimento. Essa é a determinação do presidente, ir atrás de dinheiro das associações fraudulentas, para ressarcir o governo, que vai ressarcir os aposentados”, frisou.