A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, definiu nesta segunda-feira, 31, o programa de leilões para a compra de crédito carbono de reflorestamento, o “Pro Floresta+” , como “uma verdadeira revolução” no setor ambiental. Magda disse que o anúncio, em parceria com o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), é uma demonstração da preocupação da Petrobras com o meio ambiente, mas também indica que a companhia quer entrar no negócio para “fazer dinheiro”.
“A assinatura (desse protocolo de intenções) com o BNDES mostra a preocupação da Petrobras com o planeta, o nosso compromisso com a captura de carbono. Esse programa de carbono é uma verdadeira revolução”, disse Magda. “Eu disse que a Petrobras entraria no mercado de carbono. Estamos fazendo e vamos fazer dinheiro com isso. Vamos entrar no negócio firme e ganhar dinheiro com isso”, continuou.
Segundo a executiva, a grande novidade do projeto é que ele “bota preço” nos créditos de carbono, gerando demanda e incentivando sua oferta por parte de empresas ambientais, algo que não acontecia até então.
O projeto tem como objetivo reflorestar 50 mil hectares na Amazônia, sobretudo no arco do desmatamento, a partir de R$ 1,5 bilhão de investimentos ao longo de 25 anos. O investimento inicial da Petrobras para o primeiro leilão é estimado em R$ 450 milhões. A ideia é formalizar 5 projetos, cada um mirando 3 mil hectares, perfazendo 15 mil hectares a serem reflorestados com cerca de 25 milhões de árvores.
Vence o leilão, cujo edital sai em julho, a empresa de reflorestamento que oferecer o menor preço por crédito de carbono.