A caixa de Previdência dos funcionários do Banco do Brasil, Previ, informou que o Plano 1 – o maior da fundação, com R$ 240 bilhões em patrimônio – acumulou déficit de R$ 3,16 bilhões no fechamento de 2024. O resultado foi puxado pela carteira de renda variável, que ficou negativa em 12% em 2024.
As informações foram divulgadas nesta quinta-feira, 13, em entrevista coletiva da entidade, em um centro empresarial no bairro de Botafogo, na zona sul do Rio.
A performance da Previ em 2024, que até novembro acumulava déficit de R$ 14 bilhões, apoiou um pedido de auditoria no Tribunal de Contas da União (TCU) apresentado pelo ministro Walton Alencar no início de fevereiro, que apontava possíveis prejuízos.
No exercício de dezembro de 2024, o resultado do Plano 1 foi negativo em R$ 3,68 bilhões, levando o déficit do exercício de 2024 a R$ 17,6 bilhões. Como em 2023 houve superávit acumulado de R$ 14,5 bilhões, a posição do fundo ficou em R$ 3,1 bilhões.
“A oscilação de mercado e o consequente impacto nos investimentos fizeram com que a Previ consumisse o superávit de 2023 no valor de R$ 14,5 bilhões”, explicou a fundação, acrescentando que “esse tipo de oscilação é comum e conjuntural no mercado financeiro brasileiro, mas a estratégia da Previ foca no longo prazo”.
A Previ destacou que mantém a solidez e capacidade de pagamento de benefícios. Também enfatizou que o resultado de janeiro de 2025 veio positivo em R$ 1,3 bilhão, influenciado pela alta da Bolsa.
A principal contribuição para o baixo desempenho do Plano 1 veio do segmento de renda variável, que apresentou menor rentabilidade em 2024, com 12,02% negativo. Já o segmento de investimento no exterior se destacou no ano, entregando 40,4%.
“É sempre importante avaliar esses números sob ótica de longo prazo, e não como um retrato exclusivo do ano corrente. Assim, podemos verificar tanto a importância da estratégia de imunização como da construção dos colchões de segurança, como o de 2023, em períodos de valorização do portfólio, representados por resultados superavitários que constituem reserva de contingência”, disse em nota João Fukunaga, presidente da Previ.