A Braskem apresentou prejuízo líquido de R$ 267 milhões no segundo trimestre de 2025, uma redução de 93% frente ao resultado negativo do mesmo período de 2024.
O número é 69% menor do que o previsto pela média das quatro casas consultadas pelo Prévias Broadcast (Citi, Santander, BTG pactual e XP). O Prévias Broadcast considera o resultado em linha com as previsões quando a variação é de até 5% para mais ou para menos.
O resultado, segundo a empresa, reflete a redução de 4 pontos porcentuais na margem bruta em relação ao trimestre anterior, bem como uma queda de cerca de R$ 700 milhões no resultado financeiro, em função do menor resultado com derivativos e variações cambiais líquidas sobre o primeiro trimestre.
O Ebitda recorrente somou R$ 427 milhões, uma queda de 74% na comparação anual. A companhia credita o movimento à redução nos spreads internacionais de polietileno (PE) e PVC nos segmentos Brasil/América do Sul e México; além dos efeitos da parada programada de manutenção no México; e de “efeito estoque” nos segmentos.
A receita líquida totalizou R$ 17,857 bilhões, com redução de 6% ante a de um ano antes.
A companhia diz ainda que, no segundo trimestre de 2025, o cenário de demanda global foi prejudicado pelas tensões comerciais entre Estados Unidos e China, bem como pelas incertezas tarifárias.
“Essas condições impactaram os fluxos comerciais globais e afetaram as referências de preço no mercado internacional, resultando em uma redução em relação ao primeiro trimestre de 2025 de 10% e 12% nas referências internacionais de preços de PE, que são utilizadas como referência nos segmentos Brasil e México, respectivamente; e 4%, 6% e 7% nas referências internacionais de PP (polipropileno), PVC e Principais Químicos, respectivamente, que são utilizadas como referência no segmento Brasil/América do Sul”, afirma a companhia.
Os custos dos produtos vendidos foram pressionados, por sua vez, por matérias-primas adquiridas anteriormente a preços mais elevados, o que gerou um descompasso entre custo e preço de venda e afetou a rentabilidade dos segmentos no trimestre.
O CPV foi de R$ 17,495 bilhões no período, com queda de 1% em relação ao apresentado um ano antes.