Polícia Civil de SP prende quadrilha especializada em roubo de condomínios

Quinze pessoas acusadas de integrar uma quadrilha especializada em assaltar condomínios de alto padrão foram presas pela Polícia Civil de São Paulo na manhã desta terça-feira, 12, na capital e em outras cinco cidades paulistas.

Segundo os investigadores, o grupo tem ligação com a facção criminosa PCC e atua principalmente no centro e na zona sul da capital. Também foram cumpridos 51 mandados de busca e apreensão, e outras duas pessoas foram presas durante a operação, mas porque estavam foragidas – elas não têm relação com a quadrilha, diz a polícia.

Os nomes dos presos não foram divulgados. A reportagem procura representantes deles para que se manifestem sobre as prisões.

A investigação começou a partir de um assalto a um condomínio em Santa Cecília (região central de SP), em 13 de maio. Usando um carro de mesmo modelo e placa clonada de um morador, criminosos conseguiram entrar na garagem de um prédio situado na rua Doutor Gabriel dos Santos. Lá dentro, renderam funcionários e moradores e abriram o portão para a entrada de outros criminosos – eram dez ao todo, segundo a polícia. A quadrilha invadiu seis apartamentos e roubou joias, dinheiro e aparelhos eletrônicos.

O sistema de monitoramento e vigilância da portaria do prédio não funcionou porque, um dia antes, três criminosos haviam cortado os cabos de internet que alimentam os equipamentos. A polícia suspeita que o grupo tenha recebido informações de pessoas que trabalhavam no prédio.

Os criminosos, que usavam máscaras, luvas e silicone nas pontas dos dedos para não deixar impressões digitais, fugiram para cidades da região metropolitana, e a polícia começou a investigá-los.

Nesta terça-feira, na operação chamada Shalom, a Polícia Civil prendeu 15 acusados de integrar o grupo. As ordens de prisão foram cumpridas em Diadema, Cotia, Guarulhos, Osasco e Jundiaí. Junto com as duas outras pessoas presas em flagrante, o grupo foi levado para o Corpo Especial de Repressão ao Crime Organizado (Cerco).

O bando é suspeito de praticar pelo menos três outros assaltos a condomínios na capital, de maio para cá. Em um dos arrastões foram roubados pelo menos R$ 3 milhões em joias e objetos eletrônicos.

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