Petróleo fecha em alta com risco de escassez após ataque interromper exportações russas

Os preços dos contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta sexta-feira, 14, apoiados por temores de redução na oferta após o porto de Novorossiisk, no Mar Negro, interromper as exportações devido a um ataque com drone ucraniano que atingiu um depósito de combustível no centro energético russo.

O petróleo WTI para dezembro, negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex), fechou em alta de 2,39% (US$ 1,40), a US$ 60,09 o barril. Já o Brent para janeiro, negociado na Intercontinental Exchange de Londres (ICE), avançou 2,19% (US$ 1,38), a US$ 64,39 o barril. Na semana, WTI e Brent avançaram 0,56% e 1,19%, respectivamente.

“A intensidade desses ataques aumentou, eles estão acontecendo com muito mais frequência. Eventualmente, podem causar uma interrupção duradoura”, alertou o analista de commodities do UBS, Giovanni Staunovo.

A alta desta sexta ocorre após Brent e WTI terem recuado no início da semana, quando a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) projetou equilíbrio entre oferta e demanda globais até 2026, afastando previsões anteriores de déficit. Nos EUA, dados mostraram aumento acima do esperado nos estoques da commodity. Já a Agência Internacional de Energia (AIE) elevou projeções de oferta em seu relatório mensal, mas indicou aumento futuro na demanda do petróleo graças ao “boom” de data centers de inteligência artificial (IA).

Investidores também monitoram o impacto das sanções ocidentais ao petróleo russo. O Reino Unido autorizou temporariamente empresas a seguirem operando com duas subsidiárias búlgaras da Lukoil, enquanto os EUA proibiram negociações com Lukoil e Rosneft a partir de 21 de novembro. De acordo com o JPMorgan, cerca de 1,4 milhão de barris diários – quase um terço da capacidade marítima de exportação da Rússia – estão sendo acumulados em navios-tanque devido ao avanço das restrições.

A União Europeia, por sua vez, prepara o 20º pacote de sanções contra a Rússia, anunciou a chefe de Relações Exteriores e Segurança da UE, Kaja Kallas, em comunicado e coletiva após reunião do Grupo dos Cinco Europeu (E5), em Berlim.

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Por Redação Folha de Guarulhos.

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