Petroleiros rejeitam proposta da Petrobras sobre ACT e decretam estado de greve

Os petroleiros rejeitaram em assembleias, por ampla maioria, a contraproposta da Petrobras para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2025/26, e aprovaram estado de greve para a categoria e assembleia permanente, informou a Federação Única dos Trabalhadores (FUP).

“O resultado demonstra a insatisfação generalizada com a postura da empresa e reforça a disposição dos trabalhadores em não aceitar retrocessos nos direitos da categoria e redução de custos promovida pela empresa em detrimento dos petroleiros”, disse a FUP em nota nesta segunda-feira, 10.

O resultado das assembleias foi comunicado pela entidade à Petrobras e suas subsidiárias Transpetro, Petrobars Biocombustíveis (PBio), Araucária Nitrogenados (Ansa), Termobahia e Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia Brasil (TBG), cobrando a retomada imediata das negociações.

Segundo a FUP, uma nova reunião foi agendada para terça-feira, 11, quando a direção da Petrobras deverá apresentar respostas sobre o Plano de Desligamento Voluntário (PDV) e as mudanças unilaterais nas jornadas de trabalho de médicos e odontologistas – medidas criticadas pela FUP por violarem o processo de negociação coletiva, explicou a entidade.

Nas assembleias, os petroleiros reafirmaram três eixos da campanha reivindicatória nacional. A primeira é uma solução definitiva para os Planos de Equacionamento de Déficit (PEDs) do fundo de pensão Petros; a distribuição da riqueza gerada pela categoria; e o posicionamento contra as privatizações e o novo modelo de negócios da empresa, como as parcerias com empresas privadas e contratação por terceirização de atividades fins nas Fábricas de Fertilizantes (Fafens) Bahia e Sergipe e para a PBio.

“A FUP também tem reiterado que a recomposição dos efetivos e a convocação dos cadastros de reserva de concursos públicos são temas urgentes da pauta, diretamente ligados à saúde e segurança no trabalho e à transição energética justa e participativa”, afirmou a entidade.

As assembleias também aprovaram a quitação da PLR 2019, referente à Participação nos Lucros e Resultados devida pelos três primeiros meses daquele ano, período ainda coberto pelo ACT vigente à época.

“O acordo, construído em mesa de negociação pela FUP, garantiu valor igual para todos os trabalhadores do Sistema Petrobras, marcando uma conquista de solidariedade e unidade da categoria, após mais de cinco anos de cobrança das entidades sindicais”, explicou a FUP.

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Por Redação Folha de Guarulhos.

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