Ouro fecha em queda após Trump relatar conversa ‘muito boa’ com Xi Jinping

Os contratos futuros de ouro fecharam a quinta-feira, 5, em queda, depois que uma conversa por telefone entre os presidentes Donald Trump, dos Estados Unidos, e Xi Jinping, da China, alimentou o otimismo em relação à retomada das negociações comerciais e reduziu o apelo do metal precioso como ativo de proteção.

O contrato de ouro com vencimento em agosto recuou 0,71% na Comex, divisão de metais da Bolsa de Nova York (Nymex), encerrando o dia a US$ 3.375,1 por onça-troy.

No início da sessão, o ouro atingiu a máxima de quase um mês, a US$ 3.380 por onça-troy, impulsionado por uma nova rodada de dados econômicos fracos nos EUA e por uma perspectiva mais acomodatícia do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), o que elevou a demanda por ativos mais seguros antes da divulgação do relatório oficial de empregos do país, na sexta-feira.

Os pedidos semanais de auxílio-desemprego nos EUA subiram para 247 mil na última semana de maio, o nível mais alto desde outubro de 2024. Na quarta-feira, o relatório da ADP mostrou a criação de apenas 37 mil empregos no setor privado americano em maio, o menor ganho mensal desde março de 2023, e o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) de serviços indicou contração do setor.

Além disso, a persistência de tensões geopolíticas e comerciais pressionava os mercados. Na quarta-feira,os EUA dobraram as tarifas sobre as importações de aço e alumínio para 50%, aumentando os temores de novos conflitos comerciais com importantes parceiros globais.

A conversa entre os líderes de EUA e China, no entanto, tranquilizou os ânimos em Wall Street, derrubando os contratos futuros de ouro. Após o telefonema, Trump classificou o diálogo como “muito bom” e disse que ele teve foco “quase total no comércio”, com “uma conclusão muito positiva para ambos os países”.

O presidente norte-americano também sugeriu que a exportação de minerais de terras raras foi um dos temas discutidos com seu homólogo chinês.

*Com informações da Dow Jones Newswires

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