O dia começou ainda com a ocupação da Mesa do plenário do Senado pela oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ainda na manhã desta quinta-feira, 7, porém, senadores do grupo anunciaram o fim da ocupação. Os bolsonaristas tomaram a decisão após terem 41 senadores favoráveis ao impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O número corresponde à maioria simples na Casa, quantidade necessária para aprovação da instauração formal do processo. Essa votação em plenário só ocorre após o presidente do Senado aceitar o pedido de impeachment e uma comissão especial dar o parecer favorável para o processo seguir adiante.
O líder do PSB no Senado, Cid Gomes (CE), afirmou nesta quarta-feira, 6, que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), descartou qualquer possibilidade de dar andamento, neste momento, a pedidos de impeachment contra ministros do STF, incluindo o de Moraes.
O presidente do Senado marcou sessão remota para as 11h para votar o projeto da MP 1294/2025, que amplia a isenção do imposto de renda para até dois salários mínimos, além de acordos internacionais.
Os senadores aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ocuparam a Mesa Diretora da Casa desde terça-feira, 5. Magno Malta (PL-ES), Izalci Lucas(PL-DF) e Damares Alves (Republicanos-DF) se acorrentaram à Mesa utilizada para comandar as reuniões.
Assim como os deputados, eles se revezaram durante a madrugada de quarta-feira para ocupar os plenários das duas Casas e oraram com o auxílio de um pastor por chamada de vídeo. Um auditório do Senado também foi ocupado pelos bolsonaristas após rumores de que o local poderia ser utilizado para realizar a sessão plenária.
Na terça, oposicionistas anunciaram um “pacote da paz” para “abrandar” a relação entre os Três Poderes, após a determinação da prisão domiciliar do ex-presidente. Compõem o pacote uma anistia “ampla, geral e irrestrita” aos envolvidos no 8 de Janeiro, o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e a proposta de emenda à Constituição (PEC) do fim do foro privilegiado.