A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) manteve a previsão para o crescimento da demanda global pela commodity este ano, em 1,4 milhão de barris por dia (bpd). Se confirmada a projeção, o consumo global somaria 105,2 milhões de bpd em 2025, conforme relatório mensal divulgado nesta quarta-feira, 12.
Para 2026, a organização segue projetando alta de 1,4 milhão de bpd na demanda, a 106,63 milhões de bpd.
Apenas a demanda em países que integram a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) deve registrar aumentos de cerca de 100 mil bpd tanto este ano quanto no próximo, segundo projeta a Opep.
Fora da OCDE, a expectativa é de acréscimos próximos de 1,3 milhão de bpd neste ano e em 2026.
Oferta
A Opep também manteve no relatório a previsão para o aumento da oferta da commodity entre os países fora da Opep+ em 2025, em 1 milhão de barris por dia (bpd). De acordo com o cartel, as maiores contribuições serão dos Estados Unidos, Brasil, Canadá e Noruega.
Para 2026, a Opep+ também continua projetando alta de 1 milhão de bpd na oferta.
Como resultado, a organização espera que a produção fora da Opep+ some 54,21 milhões de bpd este ano e 55,21 milhões de bpd em 2026.
Ainda no relatório, a Opep informa que a produção da Opep+ aumentou 363 mil bpd em fevereiro ante janeiro, para uma média de 41,01 milhões de bpd, de acordo com fontes secundárias.
A Opep+ engloba a Rússia e outros produtores de petróleo que não integram a Opep.
PIB
No mesmo relatório, a Opep manteve a previsão para o avanço do Produto Interno Bruto (PIB) global em 2025, em 3,1%, conforme relatório mensal divulgado nesta quarta-feira, 12. Para 2026, a projeção continua sendo de alta de 3,2%.
A Opep também reiterou estimativas para o avanço do PIB dos EUA neste ano, em 2,4%, e em 2026, em 2,3%.
No caso da China, as projeções continuam sendo de crescimento de 4,7% em 2025 e de 4,6% no próximo ano.
Para a zona do euro, o cartel igualmente reafirmou suas previsões, de expansão de 0,9% este ano e de 1,1% em 2026.
Brasil
A Opep também aumentou ligeiramente a previsão da oferta de líquidos do Brasil em 2025 em 150 mil bpd, para 4,3 milhões de bpd, segundo relatório mensal publicado nesta quarta-feira. No documento de fevereiro, a projeção do cartel era de expansão em apenas 50 mil bpd, também para 4,3 milhões de bpd.
Para 2026, a Opep prevê alta da oferta de combustíveis líquidos do Brasil ante 2025, em 20 mil/bpd, a 4,5 milhões de bpd. O número, porém, é um corte ante os 200 mil/bpd, ainda a 4,5 milhões de bpd, previstos no mês anterior.
A produção brasileira de petróleo bruto caiu 26 mil bpd em dezembro, mas se manteve à média de 3,4 milhões de bpd, um recuo marginal ante o mês de dezembro, conforme o cartel, diante do “desempenho insatisfatório” em diversas plataformas offshore.
A produção total de combustíveis líquidos também cedeu ante dezembro, em 16 mil bpd, mas manteve a média de 4,2 milhões de bpd.
A organização manteve a projeção do PIB do Brasil em 2025, a 2,3%, e em 2026, a 2,5%.
A Opep justifica a manutenção dos números por conta da “desaceleração em curso na economia brasileira”. Porém, para o próximo ano, a organização acredita que a aceleração será impulsionada pela flexibilização da política monetária.