A bolha do mercado de medicamentos para obesidade tem perdido força há cerca de um ano. Na manhã de terça-feira, 29, contudo, parece ter estourado definitivamente, pelo menos para a Novo Nordisk.
O recibo de depósito americano (ADR) da Novo caiu 21,8% nesta terça-feira, para US$ 53,98. Há um ano, estava cotado a mais de US$ 125.
As ações da Eli Lilly, que fabrica um medicamento concorrente para obesidade, também caíram 5,59% hoje.
A venda ocorre enquanto os investidores continuam a aceitar a ideia de que Wall Street subestimou enormemente a complexidade do lançamento dos medicamentos para obesidade em 2023 e início de 2024, e que as expectativas de vendas para os fabricantes foram excessivamente otimistas.
Hoje, a Novo reduziu suas previsões de vendas e lucro para 2025, citando – entre outros fatores – a concorrência persistente para seu medicamento de perda de peso Wegovy de imitações compostas baratas, mesmo depois que os reguladores se moveram para fechar esse mercado.
A empresa também anunciou que escolheu um insider, Maziar Mike Doustdar, para suceder o CEO Lars Fruergaard Jørgensen. Doustdar, que anteriormente liderou operações internacionais para a Novo, é uma escolha surpreendente: dado os problemas recentes da empresa, muitos investidores esperavam que trouxessem um outsider como o próximo líder da farmacêutica.
As ações da gigante do setor haviam caído 45% nos últimos 12 meses até o fechamento do pregão de segunda-feira, 28. Essa queda ocorreu em meio a uma ampla reconsideração do mercado de medicamentos para obesidade, que capturou a imaginação dos investidores no final de 2022 e, por um tempo, fez da Novo Nordisk a empresa mais valiosa da Europa.
*Este conteúdo foi traduzido com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial e revisado pela equipe editorial do Estadão/Broadcast. Saiba mais em: https://www.estadao.com.br/link/estadao-define-politica-de-uso-de-ferramentas-de-inteligencia-artificial-por-seus-jornalistas-veja/