Três ônibus foram atacados em diferentes pontos da cidade de São Paulo entre a madrugada e a manhã deste sábado, 5. Em Pirituba, na zona norte, um indivíduo atirou uma pedra contra um ônibus que passava pela Avenida Raimundo Pereira de Magalhães e atingiu uma mulher. A vítima ficou ferida e foi levada para o pronto-socorro do Hospital Geral de Taipas.
A Polícia Militar afirma que o homem foi identificado e conduzido ao 33° Distrito Policial, localizado em Pirituba, que investiga o caso. Essa não é a primeira ocorrência deste tipo e ilustra um ambiente conturbado no transporte público.
Recentemente, uma reportagem do Estadão noticiou que uma mulher de 31 anos ficou ferida após ser atingida por vidros quebrados por uma pedra. O motorista chegou a descer do veículo para tentar identificar o envolvido, mas ele já havia fugido do local.
De acordo com a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana e Transporte (SMT) e a SPTrans, 260 ônibus do sistema municipal foram depredados na cidade desde o dia 12 de junho.
Por meio de nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo afirma que as investigações sobre os casos ocorridos no Estado seguem em andamento pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), que trabalha para identificar os autores e a motivação dos ataques.
“O policiamento segue intensificado em todo o estado, por meio da ‘Operação Impacto – Proteção a Coletivos’, que mobiliza cerca de 7,8 mil policiais e 3,6 mil viaturas em todo o estado para garantir a segurança de passageiros e funcionários do transporte público”, afirma.
Autoridades se mobilizam
A Polícia Militar iniciou a operação para coibir os atos de vandalismo e depredação contra o transporte coletivo nesta quinta-feira, 3. Os principais alvos serão corredores, garagens de ônibus e terminais de passageiros, especialmente na zona sul da cidade, que corresponde a 60% dos registros.
Segundo a Polícia Civil, a suspeita é que os atos de depredação e vandalismo possam estar sendo organizados pela internet. A Divisão de Crimes Cibernéticos atua no monitoramento de plataformas digitais e investiga a participação de adolescentes. Até o momento, a polícia descarta a ação do crime organizado nos atos.
Ônibus não podem parar
A SPTrans diz que a concessionária que tiver seus ônibus depredados pelos ataques deve comunicar todos os incidentes à Central de Operações e formalizar as ocorrências junto às autoridades policiais.
“Cabe ressaltar que a empresa é obrigada a encaminhar o veículo para manutenção, substituindo-o por um da reserva técnica, garantindo a realização da próxima viagem. Caso isso não ocorra, a empresa é penalizada pela viagem não realizada”, disse por nota.