Neymar volta ao time titular do Santos irritado e com pouco futebol em derrota para o Leipzig

O retorno de Neymar ao time titular do Santos durou 45 minutos nesta quarta-feira. O astro disputou o primeiro tempo do amistoso diante do RB Leipzig, em Bragança Paulista e pouco apareceu. Com companheiros fora de sintonia, o craque quase não pegou na bola e se irritou por causa da apatia e do excesso de erros do time, totalmente envolvido na primeira etapa e que acabou superado por 3 a 1.

O amistoso denominado “Tamo junto, Brasil”, serviu para o astro ganhar ritmo de jogo neste segundo retorno após tratar lesões musculares. Esperava-se bastante de Neymar contra os alemães, mas escalado mais à frente, o astro não viu a bola chegar. Quando recuou, mostrou que o talento está intacto com passe preciso desperdiçado por Tiquinho Soares.

Fora da Copa do Brasil e das competições internacionais, Cléber Xavier não escondeu que o amistoso serviria para “dar minutagem” a quem não vinha jogando com frequência. Desta maneira, Neymar voltou a começar um jogo após 42 dias. Quem também ganhou oportunidade foi o goleiro João Paulo.

O camisa 10 luta para ganhar ritmo em sua missão de ajudar a tirar o Santos da zona de rebaixamento do Brasileirão e de mostrar a Carlo Ancelotti que tem condições de estar na próxima convocação da seleção brasileira. Ele entrou em campo puxando o Santos, com cinco torcedores mirins, um no colo, e alvo de muitas fotos e das atenções das arquibancadas.

Antes da pausa do Super Mundial de Clubes dos Estados Unidos, o Santos recebe o atual campeão Botafogo, domingo, na Vila Belmiro, e ainda visita o Fortaleza no dia 12 de junho, após os jogos das Eliminatórias para a Copa do Mundo. As partidas do Brasileirão coincidem com o contrato de Neymar, ainda com futuro indefinido, apesar do aceno em ficar no Brasil até 2026.

Neymar começou o amistoso mais adiantado, ao lado do centroavante Tiquinho Soares. Rollheiser e Barreal apareciam mais na criação. Do lado alemão, peças importantes, como o camisa 10 Xavi Simons, amigo do craque brasileiro, além de Openda, e o jovem abusado Nusa na frente.

E foi justamente dos pés do norueguês de 20 anos a primeira chance. Passou por vários marcadores e bateu para fora. Logo depois, novamente enfileirando santistas, o atacante caiu na área e levou enorme bronca de Zé Ivaldo. Mais entrosado, o Leipzig abriu o marcador com Simons em apenas 14 minutos. A batida desviou e enganou João Paulo.

Sem sintonia com os companheiros, Neymar começou a esbravejar e reclamar bastante do time do Santos, que não conseguia trocar passes curtos e ainda sofria atrás. Até da arbitragem o camisa 10 fez cobrança, al´3m de orientar no posicionamento de Zé Ivaldo. Sem ver a bola chegar, o camisa 10 resolveu recuar para a meia e cruzou com precisão para Tiquinho parar no goleiro Vandevoordt em rara chance na frente. O cobrado zagueiro santista ainda carimbou a trave no fim da etapa.

Cléber Xavier trocou mais da metade do time do Santos no intervalo para “observar” mais atletas, casos de Kevyson, Hyan e Gabriel Veron, depois Kenay e Padula. E descansar Neymar. Bastante modificado, os paulistas continuaram sem se encontrar em campo. Em troca de passes, o RB Leipzig ampliou aos 14 minutos, com Openda recebendo livre entre os marcadores. Celebrou com rebolada.

Não demorou muito e veio o terceiro gol. A defesa santista saiu jogando errado e, após troca de passes, a bola de Openda chegou para finalização de Simons, novamente contando com desvio na marcação antes de sair para a celebração.

A molecada santista entrou em ação aos 24 minutos para anotar o gol de honra. Kevyson cruzou da esquerda para Hyan, substituto de Neymar, empurrar às redes vazias. Restando 15 minutos, o amistoso já contava com equipes totalmente diferentes. Apenas João Paulo e Luizão permaneciam no Santos e o RB Leipzig tinha somente Nedeljkovic em campo e também diversos garotos de 17 e 18 anos.

Neymar ficou no banco dando apoio à molecada e ainda foi solicito ao abraçar e tirar foto com um garotinho santista que invadiu o gramado para vê-lo. Ao apito final, sem mais gols, os jogadores se abraçaram e agora o Santos foca no Botafogo, jogo no qual não pode pensar em outro resultado senão a vitória na Vila Belmiro.

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