Moedas globais: dólar sobe apoiado por dados nos EUA e expectativas de trégua nas tarifas

O dólar operava em alta frente a outras moedas de economias desenvolvidas nesta sexta-feira, 25, revertendo parte das perdas da véspera, em meio à divulgação de dados econômicos acima do esperado nos EUA e à expectativa em torno de desdobramentos da política tarifária. A libra tinha baixa moderada ante o dólar, após alta inesperada nas vendas do varejo no Reino Unido de março.

Por volta das 17h00 (de Brasília), o índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de seis moedas fortes, tinha alta de 0,09%, para 99,471 pontos. A moeda americana se valorizava a 143,57 ienes. O euro caía para US$ 1,1373, enquanto a libra esterlina era negociada em queda, a US$ 1,3328.

Relatos indicam que a China pode isentar tarifas de 125% sobre certos produtos dos EUA, mas a Capital Economics vê isso como um “controle de danos”, e não um sinal real de arrefecimento. Para o ING, o mercado foca nas notícias positivas e ignora “manchetes negativas de Pequim”, o que favorece o dólar.

Já Ulrich Leuchtmann, do Commerzbank, alerta que as políticas de Trump inserem pressão sobre o dólar e até colocam em xeque seu status como moeda de reserva global. “O risco de uma fraqueza significativa do dólar é alto o suficiente para não ser ignorado, especialmente considerando o potencial de valorização do euro frente à moeda americana”.

Para Filip Lagaart, da FXStreet, o DXY parece posicionado para um salto se surgirem manchetes confirmando avanço nas negociações EUA-China, “embora um eventual acordo de paz entre Rússia e Ucrânia possa impulsionar o euro e pesar sobre o índice do dólar”.

Derek Halpenny, do MUFG Bank, alertou que a valorização recente do dólar frente ao iene pode não se sustentar. Para ele, os atuais ganhos refletem otimismo momentâneo com a guerra comercial, mas uma desaceleração da economia dos EUA ainda é esperada, o que tende a manter a volatilidade elevada e favorecer moedas vistas como porto seguro, como o iene.

O dólar canadense permanecia estável, com as vendas no varejo vindo em linha com as projeções. O rublo se valorizava após o Banco Central da Rússia manter a taxa básica de juros em 21% ao ano.

* Com informações da Dow Jones Newswires

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