O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quarta-feira, 10, que “o modelo de interligação de energia no Brasil é um exemplo para o mundo”. A declaração foi realizada em evento que marca o início da “energização” do Linhão Manaus – Boa Vista, primeira etapa do processo de conexão de Roraima ao Sistema Interligado Nacional (SIN).
São aproximadamente 725 km de extensão desde a Subestação Eng. Lechuga, no Amazonas, à Subestação Boa Vista, na capital de Roraima, com uma seccionadora (ponto de apoio intermediário) em Rorainópolis.
O investimento foi de R$ 2,6 bilhões. Com a integração de Roraima, o último Estado da Federação que estava isolado, o País completa o mapa energético do Brasil.
Segundo dados do Ministério de Minas e Energia (MME), a substituição gradual das usinas térmicas por energia limpa e renovável, em Roraima, reduz as emissões de gases de efeito estufa em mais de 1 milhão de toneladas de CO2 por ano. O governo também fala em uma economia superior a R$ 600 milhões anuais nos custos com combustíveis fósseis.
Isso porque diversas usinas térmicas serão desligadas. A interligação permitirá o escoamento de 700 megawatts (MW) de futuras Usinas Hidrelétricas (UHEs). O abastecimento do Estado dependia fortemente da Conta de Consumo de Combustíveis (CCC), encargo pago para subsidiar os sistemas isolados.
“Podemos ser o centro da transição energética limpa que o mundo precisa”, declarou o presidente.
Durante o evento, Lula disse ainda que irá visitar uma terra indígena Yanomami em Roraima em outubro.
Oferta 3 vezes maior
O presidente afirmou também que o Linhão Manaus – Boa Vista vai permitir que Roraima tenha uma oferta três vezes maior do que a atual demanda de energia no Estado. A obra marca a conexão de Roraima ao Sistema Interligado Nacional (SIN).
Lula também declarou que o governo quer levar energia até indígenas do norte do País. Para ele, a transição energética permite um “salto de qualidade” para o desenvolvimento do Brasil.
Com a integração de Roraima, o último Estado da Federação que estava isolado, o País completa seu mapa energético.