Lula diz que decidirá candidatura em 2026, mas alfineta oposição: ‘Eles não voltarão’

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta sexta-feira, 18, que decidirá sobre sua participação na eleição presidencial apenas no ano que vem. Em contrapartida, o petista disparou contra a oposição e afirmou que não vai entregar o Brasil de volta para “aquele bando de maluco”. “Eles não voltarão, não é porque o Lula quer, é porque vocês não vão deixar”, afirmou o chefe do Executivo para a militância em Missão Velha (CE).

“Se eu tiver com a saúde que eu estou hoje e a disposição que estou hoje, pode ter certeza que eu serei candidato outra vez para ganhar as eleições neste País. Eu não vou entregar esse País de volta para aquele bando de maluco que quase destruiu este País nestes últimos anos. Eles não voltarão”, afirmou Lula.

O presidente não fez citações sobre a operação da Polícia Federal (PF) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Após ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, o ex-presidente está usando tornozeleira eletrônica, está impedido de utilizar redes sociais e incomunicável com outros réus.

Lula participou nesta sexta de uma visita às obras da ferrovia Transnordestina, na região do Cariri. Segundo o petista, ele pretende concluir o projeto inicial, mesmo que isso custe mais tempo e dinheiro.

Imposto de Renda

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que acredita que o Congresso Nacional vai aprovar o projeto de lei de isenção do Imposto de Renda para os trabalhadores que recebem até R$ 5 mil por mês.

“Achamos que o Congresso vai aprovar nossa lei que diz que nesse País quem ganha até R$ 5 mil não paga mais Imposto de Renda e que quem até R$ 7.200 vai pagar menos Imposto de Renda”, declarou, durante visita a trecho da Transnordestina, no Ceará.

Lula também voltou a citar outros programas que o governo pretende anunciar nos próximos meses.

“Queremos anunciar um plano habitacional para a classe média brasileira, as pessoas que ganham de R$ 10 mil a R$ 14 mil. E também um programa para reforma de casa. Tem gente que não quer comprar uma casa, quer fazer uma garagem um banheiro. E a última coisa que quero fazer ainda neste ano é garantir que mais de 17 milhões de pessoas mais pobres recebam o gás de cozinha gratuitamente nas suas casas”, afirmou.

Lula também disse que ministros, governadores, empresários e sindicatos sempre “querem mais dinheiro” e que cabe ao presidente da República fazer escolhas sobre para onde direcionar os recursos públicos.

“Ministros, governadores, empresários querem mais dinheiro, sindicatos querem mais dinheiro. Tudo isso chega na minha mesa, e aí tem que fazer opção. Quando criei o Bolsa Família as pessoas diziam que eu ia dar dinheiro para pobre e iam virar vagabundos”, disse durante visita a trecho da Transnordestina, no Ceará.

Lula leu um trecho de seu discurso de 6 de junho de 2006, quando foi ao primeiro ato de inauguração da tentativa de levar a Transnordestina ao local.

“No Brasil, tem milhões e milhões de almas, homens e mulheres, que não conhecem Brasília, não conhecem o gabinete do presidente, do governador, dos deputados e que, portanto, não tem como fazer pressão para que as coisas melhorem. É para esses que temos de olhar. São mulheres de 50 anos com fisionomia enrugada de tomar sol. Trabalhadores com as mãos calejadas não de roubar, mas de trabalhar no cabo da enxada”, disse o presidente.

Segundo Lula, ele leu esse trecho do discurso de quase 20 anos atrás para dizer que o governo tem que “fazer várias opções”.

“Tem uma quantidade de dinheiro recolhida dos impostos e tem que decidir para onde vai o dinheiro, para que região vai, que tipo de gente queremos favorecer”, declarou.

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