A companhia de fertilizantes Mosaic, dos Estados Unidos, obteve lucro líquido de US$ 238,1 milhões, ou US$ 0,75 por ação, no primeiro trimestre de 2025, informou na terça-feira, 6, a companhia, depois do fechamento do mercado. O resultado representa aumento de 427% em relação a igual período do ano passado, quando a empresa lucrou US$ 45,2 milhões, ou US$ 0,14 por ação.
Segundo a Mosaic, o resultado reflete o impacto positivo, depois de impostos, de itens notáveis totalizando US$ 82 milhões. Em termos ajustados, o lucro caiu de US$ 0,65 para US$ 0,49 por ação.
As vendas líquidas diminuíram 2,18% na mesma comparação, para US$ 2,62 bilhões, com preços mais baixos no segmento de potássio. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado totalizou US$ 544 milhões, queda de 5,6% ante o primeiro trimestre do ano passado.
“O desempenho da Mosaic no primeiro trimestre reflete fundamentos sólidos no mercado de fertilizantes. Estamos bem posicionados para capturar a aceleração da demanda internacional, especialmente no Brasil, onde esperamos um crescimento significativo no volume de vendas neste ano”, disse em comunicado o presidente e CEO da Mosaic, Bruce Bodine.
No segmento de potássio, a receita líquida diminuiu 11,4% no primeiro trimestre, para US$ 570 milhões, principalmente por causa de preços mais baixos de venda. Em fosfatados, a receita caiu 8,3%, para US$ 1,1 bilhão, com volumes menores. A operação brasileira, Mosaic Fertilizantes, teve receita líquida de US$ 934 milhões no primeiro trimestre, ante US$ 886 milhões em igual período de 2024, refletindo maiores volumes de venda.
Segundo a Mosaic, os fundamentos do setor agrícola continuam positivos, apesar das incertezas no comércio global. “A relação estoque/uso de grãos e oleaginosas permanece em níveis historicamente baixos, o que incentiva os produtores a buscar altos rendimentos e sustenta a demanda por insumos”, disse a companhia.
A Mosaic observou, no entanto, que as mudanças nas dinâmicas de comércio e os impactos específicos sobre os preços do milho e da soja têm pressionado a rentabilidade dos produtores nos Estados Unidos.
Em outras regiões, como Brasil, China e Índia, o cenário para produtores é mais favorável, destacou a empresa. “No Brasil, os preços das commodities agrícolas seguem fortes, impulsionados pela sólida demanda doméstica e pelas exportações”, afirmou.