A Log Commercial Properties confirmou hoje, 26, em fato relevante, o acordo para a venda do galpão logístico situado nos arredores do Aeroporto Internacional de Brasília pelo valor de R$ 163,6 milhões – conforme antecipado pelo Broadcast ontem, 25. O comprador foi o fundo imobiliário HCO OPPS Aero II, ligado à gestora Huma Capital.
O galpão Log Brasília tem uma área bruta locável de 63,5 mil metros quadrados, sendo 48,6 mil metros quadrados de participação da Log. O preço acordado equivale a R$ 3.361/m?, próximo ao Valor Patrimonial Líquido (NAV, na sigla em inglês). A margem bruta da transação foi de 27,2%. A transação terá pagamento de 60% do valor à vista, no fechamento, e 40% após um ano, corrigido pela inflação.
A Huma Capital está montando uma carteira de empreendimentos logísticos ligados a aeroportos. Esses imóveis representam uma localização estratégica para as empresas de comércio internacional, vendas online e logística.
Do lado da Log, esta é a segunda transação concluída em 2025. Juntas, elas totalizam R$ 424,6 milhões, em linha com o plano anual de desinvestimentos da companhia. No fato relevante, a Log destacou que a operação reforça a atratividade e liquidez do portfólio, refletindo a execução disciplinada da estratégia de geração de valor via reciclagem de ativos. “É uma boa venda, com boa margem. O mercado está restritivo, mas temos conseguido fazer boas transações”, afirmou o presidente da Log, Sergio Fischer. “Vamos continuar crescendo nessa toada.”
O movimento faz parte da estratégia da Log de vender empreendimentos para levantar recursos e investir na construção de mais galpões. A Log tem um plano de investir R$ 3,5 bilhões para a construção de empreendimentos que totalizam 2 milhões m? entre 2025 e 2028. O dinheiro virá, essencialmente, da venda dos imóveis já entregues e em operação.
A Log compra terrenos e constrói galpões logísticos ao redor do Brasil. Depois, lucra com a locação e a venda dos empreendimentos. No ano passado, a empresa vendeu galpões com uma área total de 413 mil m? pelo montante de R$ 1,5 bilhão. Neste momento de turbulências na economia brasileira e global, o cenário ficou nublado para negociação de ativos, mas a empresa tem sido capaz de evoluir no seu plano.