Drones atacaram campos de petróleo na região semiautônoma curda no norte do Iraque nesta quarta-feira, o mais recente de uma série de ataques nos últimos dias que colocaram várias instalações petrolíferas fora de operação. Nenhum grupo reivindicou a responsabilidade pelos ataques, que exacerbaram as tensões entre o governo central em Bagdá e as autoridades curdas.
O departamento antiterrorismo da região curda disse que dois drones atacaram um campo de petróleo no distrito de Zakho, causando danos, mas sem feridos.
A DNO ASA, empresa norueguesa de petróleo e gás que opera o campo, disse que suas operações foram temporariamente suspensas após três explosões envolvendo um pequeno tanque de armazenamento em Tawke e equipamentos de processamento de superfície em Peshkabir. A empresa afirmou que não houve feridos e que uma avaliação dos danos estava em andamento.
Horas depois, o departamento antiterrorismo informou que o campo de petróleo de Baadre, localizado no distrito de Sheikhan, na província de Dohuk, foi alvo de um ataque de drone. Não houve feridos. Vídeos mostraram uma coluna de fumaça subindo sobre colinas áridas.
Os ataques ocorreram um dia após outro campo de petróleo na província de Dohuk, operado por uma empresa americana, ter sido incendiado, também após ser atingido por um drone.
O Ministério dos Recursos Naturais da região curda afirmou que os ataques têm como objetivo “desestabilizar a economia da região do Curdistão e ameaçar a segurança dos funcionários civis do setor de energia”, e pediu às autoridades federais que interviessem para detê-los.
O especialista em indústria petrolífera iraquiana Hamza al-Jawahiri disse que o ataque a campos de petróleo na região curda não afetaria os preços globais do petróleo e que a produção de petróleo no sul do Iraque é suficiente para compensar qualquer escassez resultante. Os campos no norte do Iraque produzem cerca de 500 mil barris por dia (bpd).