O Indicador de Incerteza da Economia Brasileira (IIE-Br) teve ligeira alta de 0,1 ponto na passagem de fevereiro para março, para 110,9 pontos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). Na métrica de médias móveis trimestrais, o indicador caiu 1,5 ponto.
“O IIE-Br ficou estável em março, sinalizando manutenção de nível moderadamente elevado de incerteza econômica no Brasil. A estabilidade resultou da combinação de alta do componente de Mídia e queda do componente de Expectativas. O primeiro componente subiu no mês, motivado principalmente por incertezas associadas à condução da política econômica norte-americana. Já o componente de Expectativas recuou para o menor nível desde 2015, refletindo a menor dispersão das previsões do mercado para as taxas de juros e de câmbio nos próximos 12 meses”, avaliou Anna Carolina Gouveia, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
O IIE-Br é formado por dois componentes: o IIE-Br Mídia, que faz o mapeamento nos principais jornais da frequência de notícias com menção à incerteza; e o IIE-Br Expectativa, que é construído a partir das dispersões das previsões para a taxa de câmbio e para o IPCA.
O componente de Mídia subiu 1,2 ponto, para 114,8 pontos, contribuindo com 1,0 ponto para o IIE-Br do mês. O componente de Expectativas caiu 4 pontos, para 90,8 pontos, contribuindo com -0,9 ponto para o índice de março.
A coleta do Indicador de Incerteza da Economia brasileira é realizada entre o dia 26 do mês anterior ao dia 25 do mês de referência.