Haddad: ninguém cobrou da Europa colocar inflação a 2% depois da pandemia

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu que o governo fez “alteração importante” no regime de metas de inflação. “Porque tem choque, pode ser de oferta, pode ser desvalorização cambial, pode ser seca, pode ser uma porção de coisas”, alegou, durante entrevista à CNN Brasil.

Haddad defendeu que o sistema de metas de inflação do País foi modernizado e disse que se trata de um processo de convergência. “Ninguém ficou cobrando da Europa chegar a 2% depois da pandemia e eles estão até agora tentando chegar no centro da meta”, exemplificou.

Haddad afirmou que a inflação no Brasil “está voltando para a banda da meta”, influenciada pela política monetária, pela safra nacional recorde, pelas mudanças nas condições externas (como a redução de juros pelo Fed, o banco central dos Estados Unidos).

Imposto de Renda

O titular da Fazenda saudou o Congresso Nacional por aprovar a isenção do Imposto de Renda (IR) para salários até R$ 5 mil. “A gente vem falando há tanto tempo sobre a polarização na política. Um projeto dessa envergadura, que mexe com tantos interesses, ser aprovado por unanimidade nas duas Casas é um feito extraordinário da política”, elogiou. “É um caminho da política que deveria ser considerado.”

Ele disse ainda que foi encontrado um “caminho tecnicamente viável” de fazer justiça social. “Levou muitos meses de trabalho”, afirmou, sobre a elaboração do texto. “É um projeto que deveria servir de exemplo. Nasceu muito polêmico”, reconheceu, completando: “Ainda com um Congresso majoritariamente conservador, nós não tivemos uma votação expressiva, nós tivemos uma votação unânime”.

A perspectiva dele é de sanção do texto pelo presidente Lula até a próxima quarta-feira, 12. “Esta semana, acredito que na terça ou na quarta-feira esse projeto vai ser sancionado”, disse.

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Por Redação Folha de Guarulhos.

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