Galípolo: é necessário dar condições para que servidores do BC possam assumir novas obrigações

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, disse nesta terça-feira que as obrigações da autarquia têm crescido, em linha com as transformações observadas no Sistema Financeiro Nacional (SFN). Mas os recursos e o próprio arcabouço legal e institucional do regulador não cresceram com a mesma velocidade, e é necessário garantir que os servidores tenham condições de assumir essas novas obrigações.

“Hoje a gente tem esse trabalho feito através da excelência da equipe técnica dos servidores do Banco Central, mas é muito importante e tempestivo que a gente consiga dar as condições essenciais e necessárias para que os servidores do Banco Central possam assumir as novas obrigações”, disse Galípolo, durante uma sessão na Câmara dos Deputados em homenagem aos 60 anos da autoridade monetária.

O presidente não citou nominalmente a Proposta de Emenda à Constituição número 65 (PEC 65), que concede a autonomia financeira e orçamentária ao BC. O texto está parado desde o ano passado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, aguardando apreciação. Como já mostrou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), o BC tem conversado com outras áreas do governo sobre a iniciativa.

Durante sua fala, Galípolo acrescentou que o BC foi “forjado” sob calor e pressão e, hoje, é reconhecido pela sociedade e outros banqueiros centrais como uma instituição de excelência. Ele repetiu que a autoridade monetária tem demonstrado seu compromisso com as metas de inflação e os demais objetivos legais.

“A vigilância e o zelo pela estabilidade monetária e financeira é uma batalha contínua. Ela é permanente para toda a autoridade monetária, não só para o Banco Central do Brasil”, disse. “O objetivo do Banco Central é fundamentar de forma técnica, imparcial e objetiva cada ação e decisão que ele toma.”

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