O senador petista Fabiano Contarato (ES) foi escolhido para presidir a CPI do Crime Organizado, instalada no Senado nesta terça-feira, 4. Delegado de polícia por 27 anos, ele foi eleito senador pelo Espírito Santo em 2018, pela Rede Sustentabilidade.
Em dezembro de 2021, ele deixou o partido pelo qual venceu o pleito e ingressou no Partido dos Trabalhadores (PT). Entre 2022 e 2023, ele foi líder da sigla de Lula no Senado. Em maio do ano passado, foi único senador do PT que votou a favor da derrubada do veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no projeto de lei que pôs fim à “saidinha” de presos.
Contarato também ganhou destaque na CPI da Covid, em 2021, quando relatou ter sido alvo de ataque homofóbico durante depoimento do empresário Otávio Fakhoury. O senador, que é o primeiro parlamentar gay assumido da história do Senado, exigiu um pedido de desculpas e cobrou investigação sobre o caso.
Natural de Nova Venécia (ES), Contarato formou-se em Direito pela Universidade Vila Velha, onde também foi professor. É pós-graduado em Direito Penal e Processo Penal e possui especialização em Impactos da Violência na Escola pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Antes da vida política, passou por diversos cargos na administração pública: foi delegado de delitos de trânsito por mais de dez anos, diretor-geral do Detran-ES e corregedor-geral do Estado na Secretaria de Controle e Transparência.
Em 2020, foi indicado pelo então presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil), para integrar o Conselho Nacional de Direitos Humanos, ligado ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.
CPI do Crime Organizado
O colegiado investigará, entre outras coisas, o tráfico, a milícia, o uso de fintechs, bancas de advocacia e criptomoedas para a lavagem de dinheiro e a necessidade de integração entre os órgãos de segurança pública e as Forças Armadas. O relator será o senador Alessandro Vieira.
“Assumo a missão de presidir a CPI do Crime Organizado com humildade e com um compromisso inegociável: investigar com independência, transparência e coragem. Será uma comissão para ir até o topo da cadeia criminosa, para identificar e responsabilizar não apenas os executores, mas também os líderes, financiadores e cúmplices que lucram com a violência e a corrupção”, disse Contarato em publicação no X (antigo Twitter).


