Os EUA e a União Europeia (UE) anunciaram nesta quinta-feira (21) a estrutura para um acordo comercial e tarifário. Em comunicado publicado pela Casa Branca, é destacado que o “esboço” consolidará a relação comercial e de investimento entre as partes e revigorará a reindustrialização das economias envolvidas.
“(O esboço) reflete o reconhecimento, pela UE, das preocupações dos EUA e nossa determinação conjunta em resolver nossos desequilíbrios comerciais e liberar todo o potencial de nosso poder econômico combinado”, diz o comunicado.
Pelo que foi acertado, o bloco europeu deve eliminar tarifas sobre todos os produtos industriais americanos e fornecer acesso preferencial ao mercado para uma ampla gama de frutos do mar e produtos agrícolas dos EUA. Washington, por sua vez, reiterou o teto tarifário de 15% sobre a maioria dos produtos da UE, mesma alíquota para automóveis e peças de automóveis.
Em relação ao aço, alumínio e produtos derivados, a nota diz que as partes podem considerar a possibilidade de cooperar para proteger seus respectivos mercados internos do excesso de capacidade, ao mesmo tempo em que garantem cadeias de suprimentos seguras entre si, inclusive por meio de soluções de cotas tarifárias.
O comunicado não menciona alívio tarifário para bebidas alcoólicas da UE, mas ressalta que os lados se comprometem a “trabalhar em conjunto para reduzir barreiras não tarifárias” e a “tratar barreiras comerciais digitais injustificadas”.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que o acordo entre EUA e UE gera previsibilidade para as empresas e consumidores europeus, bem como estabilidade na maior parceria comercial do mundo. “Este acordo comercial UE-EUA beneficia nossos cidadãos e empresas e fortalece as relações transatlânticas”, escreveu, em publicação no X.
O comissário de Comércio da UE, Maros Sefcovic, por sua vez, disse que está explorando isenções adicionais no comércio com os EUA e que a Comissão tomará medidas para expandir o acesso ao mercado de frutos do mar e produtos agrícolas dos EUA.
*Com informações da Dow Jones Newswires