O CEO do JPMorgan, Jamie Dimon, afirmou que os riscos comerciais se reduziram desde o Dia da Libertação, quando o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou as tarifas a uma variedade de países. A análise dele considera as conversas atualmente em andamento, mas Dimon alertou que ainda há riscos no cenário.
“Ainda há riscos, mas estou esperançoso de que algumas dessas negociações em andamento sejam concluídas em breve, pelo menos antes de 1º de agosto”, afirmou o banqueiro, em conversa com analistas e investidores, na manhã desta terça-feira, 15, para comentar os resultados do JPMorgan no segundo trimestre.
Na sua visão, a economia americana permaneceu resiliente no segundo trimestre e algumas das novas políticas de Trump, como a reforma tributária e desregulamentação, são positivas para a perspectiva econômica. “Estender o projeto de lei tributária para as empresas, para que saibam quais serão seus impostos, será positivo daqui para frente, e isso reduz o risco de que o projeto de lei não seja aprovado”, disse, a analistas.
No entanto, os riscos permanecem, reforçou. “Riscos significativos persistem, incluindo tarifas e incerteza comercial, piora nas condições geopolíticas, déficits fiscais e preços elevados de ativos”, alertou Dimon, em comentário paralelo ao balanço.
Mais cedo, ao falar à imprensa americana, Dimon enfatizou a importância da independência do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) em meio aos ataques de Trump ao presidente da autoridade, Jerome Powell.
“A independência do Fed é extremamente importante”, disse Dimon. “Brincando com o Fed, pode haver consequências adversas, exatamente o oposto do que se espera. É importante que eles sejam independentes”, reforçou o banqueiro.
*Com informações da Dow Jones Newswires.