Criptomoedas: bitcoin recua, contrariando apetite por risco e sem se firmar nos US$ 120 mil

O bitcoin operou em baixa nesta quarta, 23, contrariando o apetite por risco disseminado nos mercados após o anúncio do acordo comercial entre Estados Unidos e Japão. Nas últimas semanas, o ativo vem enfrentando dificuldades para se sustentar acima do US$ 120 mil, observando fatores regulatórios e a adoção institucional no cenário cripto.

Por volta das 16h00 (de Brasília), o bitcoin recuava 1,27%, a US$ 118.352,82, enquanto o ethereum cedia 2,91%, a US$ 3.603,06, segundo cotações da Binance.

“O bitcoin caiu durante a noite, recuando mais de 1% ao não conseguir novamente se manter acima do nível chave de $120 mil,” escreveu David Morrison, analista de mercado sênior da Trade Nation. “A incapacidade repetida de romper e sustentar ganhos além dessa barreira psicológica começou a testar a convicção dos otimistas no curto prazo, mesmo que a tendência de alta mais ampla permaneça intacta”.

O setor ainda pode estar sentindo os efeitos da incerteza regulatória. A Comissão de Valores Mobiliários dos EUA na terça-feira, 22, deu aprovação para converter um fundo de índice de criptomoedas da Bitwise em um fundo negociado em bolsa, mas então imediatamente pausou a conversão para uma revisão. Isso indica que ainda pode haver preocupações sobre permitir que fundos que possuem criptomoedas além de bitcoin ou Ether se tornem ETFs, apesar da postura relativamente pró-cripto da administração Trump.

“Parece que estamos vendo ritmos de calendário, com entradas aumentadas no início do mês e cautela no final,” escreveu Alex Kuptsikevich, analista de mercado chefe da FxPro. “As criptomoedas estão ignorando o sentimento positivo nos mercados de ações: fatores técnicos estão temporariamente dominando a agenda”.

Enquanto isso, continuam a haver sinais de mais interesse em criptomoedas por parte de instituições financeiras tradicionais. O PNC Financial Services Group e a Coinbase Global disseram na terça-feira que irão se associar e oferecer serviços um ao outro. O PNC usará a plataforma “Crypto-as-a-Service” da Coinbase, a maior bolsa de criptomoedas dos EUA, para oferecer acesso a criptomoedas para seus clientes.

O Bank of New York Mellon Corporation (BNY) e o Goldman Sachs Group anunciaram hoje uma iniciativa colaborativa pela qual o BNY empregará a tecnologia blockchain desenvolvida pelo Goldman Sachs para manter um registro da propriedade dos clientes de Fundos do Mercado Monetário (MMFs) selecionados, em um passo para aumentar a utilidade e a transferibilidade das ações existentes dos MMFs.

*Com informações Dow Jones Newswires.

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