Corinthians perde gols, ‘desliga’ defesa e sofre empate com gosto de derrota na Venezuela

O Corinthians tinha um pé na terceira fase da Libertadores, mas recuou ao sofrer o empate do Universidad Central. A partida terminou com placar de 1 a 1 no Estádio Olímpico de la UCV, em Caracas, na Venezuela. O time apresentou um festival de gols perdidos, em chances criadas sem dificuldade. Carillo fez diferente, após boa jogada de Memphis, e conseguiu marcar. Foi o primeiro do peruano com a camisa corintiana. João Pedro marcou contra.

A preocupação fica por conta de Raniele. O jogador obrigou que Ramón Díaz fizesse uma substituição já aos 18 minutos de jogo. Ele sentiu dores na coxa direita e chegou a chorar na saída do gramado. Exames de imagem devem determinar a gravidade da lesão e quanto tempo ficará afastado.

A partida de volta será na próxima quarta-feira, na Neo Química Arena. Antes disso, o Corinthians cumpre a última rodada do Paulistão, também em casa, contra o Guarani. A equipe já está classificada, além de ter praticamente garantida a liderança geral, o que permite que o time decida os jogos de mata-mata em casa.

O Corinthians dominou a primeira etapa com muita facilidade. Com menos de um minuto, o time já tinha criado a primeira chance de gol. Entretanto, quanto mais chegava à frente, mais falhou em finalizações.

Era questão de tempo para que alguma das oportunidades se convertesse em gol. A equipe venezuelana tentava reagir, mas, com qualidade técnica abaixo, teve dificuldade. O único momento que levou perigo de fato foi aos 33 minutos de jogo, quando Sosa fez belo lançamento para Cuesta. De peixinho, o atacante cabeceou para o meio da área, onde Granko poderia abrir o placar. O garoto de apenas 16 anos chutou fraco em cima de André Ramalho.

Se a chegada do adversário ligou um alerta para o Corinthians, não há como responder. Mas, três minutos depois, Memphis gingou na esquerda e acionou Carillo. Dentro da área, o meia aproveitou e fez o gol corintiano.

A segunda etapa continuou com novos gols perdidos. Aos 15 minutos, Yuri Alberto bateu dentro da área, tirando do goleiro, mas por cima da meta. O ritmo ficou cada vez mais lento, e o Corinthians parecia confortável em retornar para São Paulo com a vantagem mínima.

Mas a bola puniu. A Universidad Central buscou o ataque, sem nada a perder. Em cruzamento que Hugo, André Ramalho e Matheuzinho pararam na defesa, Zapata cabeceou. Hugo até espalmou, mas a bola bateu em João Pedro e entrou, empatando. Foi o primeiro gol da equipe, uma das mais antigas da Venezuela, na história da Libertadores.

Os venezuelanos não ficaram satisfeitos com o empate. A equipe buscou pressionar o Corinthians até o final. Foi a Universidad Central que teve mais chutes em direção ao gol no jogo: 6 contra 3 finalizações certas corintianas.

Ramón Díaz ainda respondeu, com pressão para os minutos finais. As entradas de Romero e Coronado, previstas para reoxigenar o time, apenas fizeram volume na busca ineficiente por um gol salvador.

É difícil que a vaga não seja do Corinthians na próxima semana, já que, mesmo jogando mal, os corintianos são superiores aos adversários. A Universidad teve, porém, a glória de estrear na Libertadores sem perder.

FICHA TÉCNICA

UNIVERSIDAD CENTRAL 1 X 1 CORINTHIANS

UNIVERSIDAD CENTRAL – Miguel Silva; Kendrys Silva, Adrián Martínez, Alfonso Simarra e Yohan Cumana (Carrillo); Alexander González e Francisco Solé; Samuel Sosa (Yeiber Murillo), Alexander Granko e Juan Manuel Cuesta (César Magallán); Charlis Ortiz (Daniel de Sousa). Técnico: Daniel Sasso.

CORINTHIANS – Hugo Souza; Matheuzinho, André Ramalho, João Pedro e Hugo; Martínez, Raniele (Breno Bidon), Carillo (Alex Santana) e Garro (Corornado); Memphis (Talles Magno) e Yuri Alberto (Romero). Técnico: Ramón Díaz.

GOLS – André Carillo, aos 36 minutos do primeiro tempo; João Pedro (contra), aos 29 do segundo.

CARTÕES AMARELOS – Alexander Granko e Charlis Ortiz (Universidad Central).

ÁRBITRO – Gustavo Tejera (URU).

RENDA E PÚBLICO – Não disponíveis.

LOCAL – Estádio Olímpico de la UCV, em Caracas, na Venezuela.

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