A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, acaba de informar que a Alemanha irá aportar 1 bilhão de euros no Florestas Tropicais para Sempre (TFFF). Até então, haviam sido anunciados previamente US$ 5,5 bilhões de outras partes, com 53 países endossando a declaração de lançamento desse mecanismo. A Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, havia antecipado mais cedo que o governo brasileiro esperava o anúncio do aporte da Alemanha ainda nesta quarta-feira, 19.
Nesse novo modelo de financiamento climático, os países que preservam suas florestas tropicais recebem uma espécie de “bônus” financeiro. Ou seja, a conservação será economicamente vantajosa. A perspectiva é captar recursos no mercado, a juros reduzidos como um ativo de baixo risco.
O anúncio da Alemanha vem após promessa de um “valor considerável” pelo chanceler da maior economia europeia, Friedrich Merz. Além disso, nesta semana, uma inconveniência diplomática ocorreu após a fala de Merz sobre o “contentamento” da delegação alemã ao sair de Belém (PA).
O montante no TFFF será reinvestido em projetos com maior taxa de retorno, gerando lucro (spread). Parte do lucro será repassada aos países com florestas tropicais, proporcionalmente à área preservada e outra parcela será devolvida aos investidores, que também terão vantagem financeira.
Também nesta quarta, o presidente da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), André Corrêa do Lago, voltou a expressar otimismo sobre o processo negociador sobre diversos temas e disse que esta quarta-feira foi um dia “foi muito bom”, marcado por conversas com diversos grupos negociadores sobre temas complexos. Ele repetiu o lema de que houve transição da “COP de negociação para implementação”.


