Consciência sobre riscos climáticos chega pela dor, Fabio Guido, do Itaú

O superintendente de Sustentabilidade e Estratégia ESG do Itaú, Fabio Guido, avaliou em conversa com a Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, que a necessidade de financiamento verde é algo posto, independente de posições ideológicas. Ele disse que a consciência “chega pela dor e pela perda”, ao falar dos efeitos econômicos nocivos com eventos climáticos extremos, ao lado das consequências sociais.

“Os fenômenos climáticos estão afetando tudo. Da geração de energia à produção de alimento, ao custo de irrigação no Centro-Oeste que está altíssimo, transporte e logística, linhas de transmissão que sofrem apagão por conta de evento climático”, frisou. Assim como outras instituições financeiras, o Itaú Unibanco e o Itaú BBA estão com representantes em Belém (PA) ao longo da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30).

Fabio Guido avaliou ainda que as empresas que estiverem preparadas para as mudanças climáticas estarão mais bem posicionadas. O tema da adaptação passa, por exemplo, pelo tipo de material que será mais forte durante um vendaval ou o tipo de tecnologia no solo necessária para evitar maior insolação de culturas agrícolas.

Para o superintendente, um eventual cenário geopolítico refratário às práticas ESG (Environmental, Social and Governance) não muda o fato de que há materialização da mudança do clima. “Não é por orientação política. É pelo clima, que não olha para qual é a cor do partido no poder. Ele se materializa. O cenário 1,5ºC limite do aquecimento é real e está se materializando cada dia mais frequentemente. É um tufão no meio do Paraná”, afirmou.

No caso do Itaú BBA, o compromisso é de atingir R$ 1 trilhão em financiamento para transição climática até 2030. Um dos pontos centrais na negociação da COP30 é o avanço no tema do financiamento de ações climáticas em países em desenvolvimento, a partir de diferentes fontes de recursos.

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Por Redação Folha de Guarulhos.

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