Pelo segundo ano consecutivo os CEOs (presidentes de empresas) no Brasil ficaram sem aumento de salários.
A conclusão é de pesquisa de remuneração da Page Executive, unidade do PageGroup especializada no recrutamento de executivos C-Level. Os dados são referente aos anos de 2023 e 2024.
Mas quanto está ganhando um CEO? A pesquisa dividiu os ganhos conforme o porte da empresa. Para organizações que faturam acima de R$ 1 bilhão, o salário mínimo é de R$ 80 mil por mês. O valor é de R$ 2024 e é igual ao de 2023.
O levantamento ouviu 600 profissionais da alta liderança no Brasil. A pesquisa toda foi feita com 2.000 executivos da América Latina.
Segundo Paulo Dias, também diretor da Page Executive, a manutenção dos valores reflete a cautela do mercado.
“O ambiente atual impõe cautela nas revisões salariais. O que observamos foi a manutenção dos patamares para a maioria dos executivos, com ganhos acontecendo de forma pontual, mais ligados a contextos específicos de cada empresa do que a uma tendência”, comenta.
O estudo classificou a remuneração de acordo com o porte de faturamento da empresa onde atuam: até R$ 250 milhões, de R$ 250 milhões a R$ 500 milhões, de R$ 500 milhões a R$ 1 bilhão e acima de R$ 1 bilhão.
Outros cargos C-Level mantêm estabilidade
Além da cadeira de CEO, outros cargos C-Level registraram estabilidade, com poucas variações.
CFOs (responsável pelas ações financeiras da empresa), por exemplo, mantiveram as mesmas faixas de remuneração nos três primeiros perfis de empresas, mas apresentaram aumento no piso salarial de R$ 50 mil para R$ 80 mil em empresas com faturamento entre R$ 500 milhões e R$ 1 bilhão.
Entre os cargos com os menores salários médios estão CTOs e CHROs de empresas com faturamento até R$ 250 milhões, cujas remunerações partem de R$ 30 mil a R$ 60 mil, sem alterações em relação ao ano anterior.
Já os diretores de Operações (COO) apresentaram uma leve alta no piso salarial nas empresas de maior porte, de R$ 45 mil a R$ 80 mil, enquanto os CCOs, da área de comunicação, mostraram estabilidade em praticamente todos os níveis, com elevações apenas em companhias com maior capacidade de investimento.
O estudo foi realizado entre outubro de 2024 e fevereiro de 2025 e contou com a participação de executivos da alta liderança de empresas de diferentes setores e portes na América Latina.