Cartos nega qualquer envolvimento com investigação da Operação Compliance Zero

A empresa Cartos esclareceu, em nota enviada à Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), que não tem “qualquer envolvimento com os fatos investigados na Operação Compliance Zero”, que levou à prisão do dono do Banco Master, Daniel Vorcaro. O Broadcast noticiou mais cedo que as investigações da Polícia Federal apontam que dois executivos da Tirreno, empresa de fachada usada pelo Banco Master para captar R$ 12,2 bilhões do Banco de Brasília (BRB), também foram sócios de uma fintech suspensa do Pix por ter recebido recursos desviados no incidente de segurança que atingiu a C&M Software, em julho.

Segundo relatório da PF, ao qual a Broadcast teve acesso, André Felipe de Oliveira Seixas Maia (ex-funcionário do Master e diretor da Tirreno) e Henrique Souza e Silva Peretto (apontado como responsável por integralizar o capital social da empresa) foram sócios da empresa Sillium Consultoria em Negócios, Finanças e Meios de Pagamento – hoje, chamada Nuoro Pay.

A PF aponta também no relatório que os dois seriam sócios em outra empresa, a Cartos.

“As tentativas de associar a empresa à cadeia de créditos analisada pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal são incorretas”, diz a Cartos em nota.

A empresa diz que não “originou, estruturou, comercializou, intermediou ou cedeu quaisquer créditos ou títulos relacionados ao caso”. Afirma ainda que as carteiras investigadas foram exclusivamente originadas pela Tirreno, “empresa com a qual a Cartos não mantém e nunca manteve relação contratual, comercial ou operacional”. “A empresa também nunca integrou, participou ou foi cotista de fundos mencionados nas investigações, tampouco desempenhou papel em etapas operacionais ligadas às operações analisadas pela PF. Da mesma forma, não houve, em momento algum, qualquer operação entre a Cartos e o Banco Master, inexistindo cessão, compra ou venda de ativos, créditos ou títulos.”

A Cartos afirma ainda que rejeita “de forma veemente” a sugestão em trecho do relatório da PF que menciona “forte hipótese” de que a Tirreno teria atuado como blindagem para suposta atuação criminosa da Cartos. “Tal hipótese é equivocada, carece de base fática e documental e contraria a realidade operacional da empresa.”

A empresa ressalta ainda que não é originadora de qualquer crédito e não participou da cadeia operacional da Tirreno. “Não existem registros, contratos, pagamentos, correspondentes ou movimentações que vinculem a empresa às operações sob investigação.”

“A afirmação de que ‘correspondentes da Cartos teriam celebrado todos os créditos intermediados pela Tirreno’ é materialmente falsa: a Cartos nunca contratou ou operou com os correspondentes citados, tampouco possui qualquer relação com as carteiras investigadas.”

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Por Redação Folha de Guarulhos.

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