O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o governo brasileiro vai apresentar as “propostas mais ousadas para o meio ambiente” na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que acontece em novembro deste ano, em Belém (PA).
“Por exemplo, o pagamento de serviços ambientais de floresta em pé, dos países tropicais, a questão do mercado internacional de carbono. Nós estamos na fronteira da discussão do mundo em relação a isso e temos toda a condição de continuar liderando”, disse, no programa “Bom Dia, Ministro”, da EBC.
Haddad afirmou que a Fazenda e o Ministério do Meio Ambiente estão “entrosados” e que iniciativas do governo na pauta de biocombustíveis, energia limpa, títulos verdes e mercado de carbono estão avançando.
O ministro disse ainda que o agronegócio moderno está “cada vez mais sensível” às questões ambientais e não pode ser responsabilizado pelo desmatamento no País. Segundo Haddad, a redução do desmatamento está abrindo mercados globais para o agro brasileiro e permitindo que o Brasil exporte alimentos já industrializados, e não apenas in natura.
“Nós temos uma oportunidade nessa área ambiental incrível”, disse o ministro. “Nós temos que aproveitar essa vantagem.”
Haddad acrescentou que apresentou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva uma proposta de política nacional de data centers, de olho no uso de inteligência artificial, intensiva em energia. “O Brasil tem energia sobrando, limpa. Então nós podemos atrair investimento para cá com inteligência”, disse.