As bolsas da Europa fecharam sem direção única nesta quarta-feira, 22, conforme investidores assimilam o começo da temporada de balanços corporativos e continuidade de tensões geopolíticas. Os índices tiveram pressão extra na reta final do pregão, em meio a piora no sentimento de risco em Nova York.
Em Londres, o FTSE 100 fechou em alta de 0,93%, a 9.515,00 pontos. Em Frankfurt, o DAX caía 0,71%, a 24.157,77 pontos. Em Paris, o CAC 40 recuou 0,63%, a 8.206,87 pontos. Em Milão, o FTSE MIB teve queda de 1,03%, a 42.209,64 pontos. Em Madri, o Ibex 35 subiu 0,09%, a 15.781,60 pontos. Em Lisboa, o PSI 20 avançava 0,40%, a 8.305,43 pontos. As cotações são preliminares.
Em Paris, o tombo nos papéis da L’Óreal (-6,7%) pressionaram a bolsa francesa, depois que a multinacional de cosméticos e beleza decepcionou em resultados trimestrais. Em Milão, o Unicredit também recuava 2,32%, apesar de superar projeções do mercado.
Na ponta positiva dos balanços europeus, o Barclays fechou em alta de 4,9% em Londres, após elevar projeções anuais e anunciar programa de recompra de ações. Em Amsterdã, a cervejaria holandesa Heineken tinha alta de 1,1%.
Investidores monitoram ainda tensões geopolíticas. As principais ações de defesa europeias – Como Rheinmetall, Thales e BAE Systems – passaram a maior parte do pregão em alta com temores de que a guerra na Ucrânia possa se prolongar, mas passaram a cair na reta final. Na terça, o presidente dos EUA, Donald Trump, disse que não quer ter uma “reunião desperdiçada” com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, embora tenha expressado confiança em um cessar-fogo. Perto do fechamento, o subíndice europeu de defesa e aeroespaço caía 0,9%.
O persistente impasse comercial entre Estados Unidos e China – com dúvidas sobre um possível encontro entre Trump e o líder chinês Xi Jinping – e o segundo shutdown mais longo do governo americano na história também seguem no radar.
No fronte macroeconômico, a taxa anual da inflação ao consumidor (CPI) do Reino Unido ficou estável em setembro ante o mês anterior, em 3,8%, contrariando expectativa de alta a 3,9%. Segundo o Deutsche Bank, o dado deixa em aberto a possibilidade de um corte de juros pelo Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) ainda neste ano.