As bolsas da Europa fecharam em alta nesta segunda-feira, 20, impulsionadas por ações de defesa, tecnologia e recursos básicos, em recuperação parcial das perdas da semana passada. Investidores ainda monitoram temores sobre a guerra na Ucrânia, o setor bancário e a persistência da paralisação das atividades do governo dos EUA, que já se tornou a terceira maior da história norte-americana.
Perto do horário de fechamento, o Stoxx 600 subia 1,07%, a 572,31 pontos. Em Londres, o FTSE 100 fechou em alta de 0,52%, a 9.403,57 pontos. Em Frankfurt, o DAX avançava 1,93%, a 24.291,19 pontos. Em Milão, o FTSE MIB teve alta de 1,52%, a 42.392,36 pontos. Em Madri, o Ibex 35 subiu 1,46%, a 15.828,30 pontos. Em Lisboa, o PSI 20 avançava 0,71%, a 8.325,18 pontos. As cotações são preliminares.
A baixa expectativa de um acordo de paz entre Ucrânia e Rússia no curto prazo impulsionou a alta de ações de defesa europeias nesta segunda-feira, após reunião tensa entre os presidentes dos EUA, Donald Trump, e ucraniano, Volodimir Zelenski.
“Acreditamos que a guerra deve se estender até 2026”, afirma o JPMorgan, prevendo que Trump não será capaz de alcançar o cessar-fogo como fez em Gaza. O subíndice de defesa europeu subiu 2,5%, enquanto as empresas Rheinmetall, BAE Systems, Thales e Leonardo tiveram fortes ganhos.
O setor de tecnologia também retomou rali (+1,9%), em meio ao otimismo com inteligência artificial (IA) após balanço corporativo da TSMC. O Swissquote lembra que a temporada de balanços estará em foco nesta semana na Europa, com os resultados trimestrais da STMicroelectronics, UBS e do Barclays em destaque.
Já o setor bancário teve alta de 1,2%, conforme diminuem preocupações sobre o mercado de crédito. Contudo, a ação do BNP Paribas tombou 7,7% em Paris, ao seu menor nível em seis meses, após a justiça dos EUA decidir que o banco francês teve papel no acesso do governo do Sudão aos mercados internacionais durante um genocídio.
Por outro lado, o índice CAC 40 subiu 0,39%, a 8.206,07 pontos, colocando em segundo plano a pressão do BNP e o rebaixamento do rating da França pela S&P Global, de AA- para A+. A bolsa parisiense recebeu impulso dos ganhos da Kering (+4,8%), que avançava depois de alcançar acordo de 4 bilhões de euros para vender seu negócio de beleza à L’Oréal.
O setor de recursos básicos também teve alta robusta (+1,6%), com investidores monitorando o investimento do governo dos EUA em empresas do setor de mineração.
*Com informações da Dow Jones Newswires