Damián Bobadilla havia sido intimado a depor nesta sexta-feira. Ele era esperado nesta tarde na Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (Drade), mas não apareceu porque o advogado contratado pelo São Paulo para o caso pediu o adiamento do depoimento. O paraguaio é acusado de chamar o jogador Miguel Navarro, do Talleres, de “venezuelano morto de fome”.
O advogado argumentou que Bobadilla teve de viajar nesta sexta-feira a Salvador para o compromisso do São Paulo contra o Bahia, marcado para sábado, pela 11ª rodada do Brasileirão.
A defesa do atleta pediu que Bobadilla preste depoimento sobre o caso para o delegado Rodrigo Corrêa apenas após a Data Fifa. O jogador foi convocado pelo Paraguai e se apresenta à seleção de seu país depois do duelo com o Bahia para as partidas contra Uruguai e Brasil. Desta forma, o paraguaio só deve depor após o dia 10 de junho, data do duelo contra a seleção brasileira.
O caso é investigado como injúria racial pela Polícia Civil, onde Navarro registrou um boletim de ocorrência horas após a partida. Na esfera esportiva, o meio-campista pode ser suspenso por quatro meses, caso seja comprovado que cometeu ato de xenofobia contra o adversário. Tal punição está prevista no artigo 15 do regulamento da Conmebol, que abriu processo disciplinar.