Ata: calibragem do aperto dependerá da inflação, projeções, expectativas, hiato e balanço

O cenário de elevada incerteza, aliado ao estágio avançado do ciclo de ajuste e seus impactos acumulados ainda por serem observados, demanda cautela adicional na atuação da política monetária e flexibilidade para incorporar os dados que impactem a dinâmica de inflação. A avaliação sobre o rumo da Selic em junho consta do parágrafo 21 da ata divulgada nesta terça-feira, 13, pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.

Já no 22, a cúpula do BC reforçou que se manterá vigilante e que a calibragem do aperto monetário apropriado seguirá guiada pelo “objetivo de trazer a inflação à meta no horizonte relevante”. O trecho pondera, porém, que o movimento dependerá da evolução da dinâmica da inflação, em especial dos componentes mais sensíveis à atividade econômica e à política monetária, das projeções de inflação, das expectativas de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos.

O colegiado elevou a taxa básica de juros de 14,25% para 14,75% ao ano na quarta-feira da semana passada. Nesta reunião, o Comitê explicou que optou pela elevação de 0,50 ponto porcentual, mantendo a forma de análise e resposta que vem conduzindo ao longo do tempo e delineada em sua comunicação. “Observou que as expectativas seguiam desancoradas, as projeções de inflação elevadas, a atividade econômica seguia resiliente e o mercado de trabalho pressionado”, listou no parágrafo 20 do documento.

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