O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, defendeu que o Brasil não seja dependente de apenas um país na área. As declarações ocorreram no Fórum Saúde, realizado pela organização Esfera Brasil e pela EMS Farmacêutica, nesta quarta-feira, 6, em Brasília. Na ocasião, Padilha falava sobre as novas tarifas dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros.
“Sem subserviência, sem diminuir o tamanho do nosso País, dos nossos empresários, da nossa indústria, dos nossos pesquisadores, das nossas instituições”, afirmou. “No mundo inteiro, ninguém quer ficar mais dependente de um país só, depois do que aconteceu na pandemia”, disse.
Segundo o ministro, o tarifaço do governo de Donald Trump é uma “oportunidade” para o Brasil atrair pesquisadores e investidores com insegurança nos Estados Unidos. Além disso, Padilha afirmou que o governo deve continuar trabalhando com companhias de capital americano que invistam no Brasil.
Padilha também criticou a decisão de Trump de suspender o financiamento a pesquisas sobre vacinas de RNA mensageiro. “Desde que tomou posse, Trump a cada semana anuncia um ataque novo à área da Saúde. Hoje (quarta-feira) ele anunciou definitivamente a suspensão de qualquer financiamento de pesquisa de vacinas de RNA mensageiro nos Estados Unidos”, declarou.
Ao lado de Padilha, estavam o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, e o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Pouco antes de Padilha, Gilmar e Motta mencionaram a questão das patentes como importante no atual momento.