Além de dizer que o governo brasileiro quer excluir mais produtos das tarifas aplicadas pelos Estados Unidos, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, disse que não há “tema proibido” nas negociações com os americanos e ressaltou “o bom diálogo” entre os dois países.
O vice-presidente foi questionado, em entrevista concedida no Palácio do Planalto, sobre possível interesse em relação às terras raras. “Não tem tema proibido. O Brasil é sempre aberto. Você tem temas tarifários e tem temas não tarifários.”
Entre os temas não tarifários, Alckmin citou o Regime Especial de Tributação para Serviços de Data Center no Brasil (Redata), instituído em setembro. Ele pontuou que o Brasil está atraindo investimentos na área de data centers. “O limitador da inteligência artificial no mundo é a energia. O Brasil tem energia abundante e é renovável. Terras raras, big techs, tem toda uma pauta de conversa”, argumentou.
Alckmin ainda afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou com o presidente Donald Trump sobre a Lei Magnitsky. “O presidente Lula, quando conversou com o presidente Trump, ele fez os dois pleitos, o pleito de redução tarifária, colocando nossos argumentos, argumentos do Brasil, que os Estados Unidos têm superávit na balança comercial, tanto de serviços, quanto de produtos, superávit importante, do G20 (só três países dos Estados Unidos têm superávit na balança, Reino Unido, Austrália e Brasil), e também colocou a questão da Lei Magnitsky em relação aos ministros que foram afetados.”
Questionado se há alguma reunião prevista entre os dois presidentes ou possível viagem oficial de Lula aos EUA, Alckmin respondeu que “ainda não”. Mas informou que o brasileiro convidou Trump para uma visita ao Brasil, e, se houver necessidade, o petista também se colocou à disposição para ir a Washington.


