Affonso Celso Prazeres de Oliveira, síndico do Edifício Copan, morreu neste sábado, 20, em São Paulo, em decorrência de pneumonia. Conhecido como “seu Affonso”, ele comandava a administração do prédio desde 1993, à frente de um dos principais símbolos arquitetônicos do centro da capital. O velório está marcado para a noite deste domingo, na Bela Vista, no Funeral Home, das 19h às 0h.
À frente do Copan por três décadas, Affonso era uma figura central na rotina de um condomínio que reúne 1.160 apartamentos e 72 lojas, com cerca de 5 mil moradores. Em 2023, quando foi reeleito para mais um mandato, afirmou ao Estadão que permanecia no posto por “experiência” e por contar com um time amplo.
“Faço um trabalho bem feito. Não só eu. Tenho uma equipe de 102 pessoas que trabalham no prédio, entre porteiros, vigias, marceneiro, pintores. Temos inclusive oficinas próprias”, contou na época.
Projetado por Oscar Niemeyer, o Copan é um marco da paisagem paulistana e atravessou, ao longo dos anos, desafios de manutenção e modernização, especialmente por ser um edifício histórico com intensa circulação. Affonso também se dedicou à memória do prédio e do arquiteto.
Ele guardava jornais, revistas, fotos, plantas e peças antigas do prédio para pesquisa e preservação. “Ao longo dos 24 anos em que estou aqui, fui guardando o que eu entendia como material que pudesse, mais para a frente, servir de pesquisa”, disse, ao explicar que tratava a iniciativa como “acervo” e “memória”.


