O esquema de vendas de ingressos irregulares do camarote do São Paulo deve virar caso de polícia. O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) solicitou a abertura de um inquérito policial sobre o tema, após o entendimento do órgão de que a situação cabe à esfera criminal.
A Procuradoria foi acionada por meio de uma notícia-fato, protocolada pela Frente Democrática em Defesa do São Paulo. O grupo apontava para a exploração clandestina de camarotes, obtenção de vantagens econômicas indevidas, além de tentativas de coação no curso de processo judicial.
Segundo o MP-SP, porém, requisitou inicialmente a apuração quanto as suspeitas de exploração clandestina do camarote (corrupção privada no esporte) e coação no curso do processo.
O clube já havia aberto duas sindicâncias (uma interna e outra feita de maneira independente por dois escritórios de auditoria). O caso também foi levado à Comissão de Ética do Conselho Deliberativo.
“Seja qual for o resultado da sindicância, vamos agir com rigor com quem quer que eventualmente seja apontado com conduta inadequada no Clube. Não há e nem haverá favorecimento por proximidade, amizade, parentesco, função ou alinhamento político”, garantiu o presidente Júlio Casares em nota sobre o tema.
ENTENDA O CASO DO CAMAROTE DO SÃO PAULO
O Estádio do MorumBis conta com diversos camarotes que são usados em jogos e shows. Um deles é o camarote 3A, espaço que não é comercializado e que fica em frente ao gabinete do presidente Júlio Casares. O local é conhecido por “Sala Presidencial”.
Mara Casares e Douglas Schwartzmann, agora diretores licenciados do São Paulo, estariam envolvidos em um esquema de venda de ingressos do camarote 3A, uma ação não autorizada e que seria feita de forma “clandestina”, como os próprios diretores licenciados afirmam em áudio obtido pelo site ge.


