As imagens registradas pelas câmeras corporais de policiais que atenderam à ocorrência no Tatuapé, zona leste de São Paulo, na noite da última quinta-feira, 13, mostram a dimensão da destruição causada pela explosão que matou um homem. Nos vídeos, os agentes caminham sobre escombros e orientam colegas a não se aproximarem de paredes instáveis, enquanto identificam recipientes e bombas pelo caminho.
Em um dos momentos, um policial alerta: “Tem muito explosivo ainda nesse local. Gostaria que vocês encharcassem essa área para a gente garantir que nenhum deles ainda tenha capacidade de explodir”.
As gravações mostram também a localização do homem que morreu na explosão. Os agentes afirmam que encontraram a vítima pelo pé, entre a entrada da cozinha e uma edícula. A área aparece tomada por destroços e fragmentos de materiais explosivos.
A investigação conduzida após o incidente indica que o homem, identificado como Adir Mariano, fabricava pólvora no imóvel, que também era usado como depósito clandestino de fogos de artifício. Segundo o Grupo de Ações Táticas Especiais (GATE), o local continha ferramentas e insumos utilizados na produção de artefatos explosivos, como prensa, peneira e balança. A equipe apreendeu ainda mais de 1,2 mil foguetes que estavam dentro de um veículo e não chegaram a ser acionados.
No total, foram encontrados no local: 15 bombas de polegada pequenas e uma grande, sete rojões de vara, 13 bombas propulsoras, foguetes diversos, duas bombas de polegada com propulsão, garrafas PET com óleo, frasco de soda cáustica, um tonel com aproximadamente 20 kg de enxofre, 1.230 foguetes e cerca de 1 kg de um pó branco.


