A queda de 0,3% no comércio varejista brasileiro em julho ante junho foi o quarto mês seguido de resultados negativos no varejo. Os dados são da Pesquisa Mensal do Comércio, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em junho ante maio, as vendas já tinham cedido 0,1%, após redução de 0,4% em maio ante abril e queda de 0,3% em abril ante março.
O volume vendido pelo varejo acumula uma perda de 1,1% nos últimos quatro meses de retração.
Revisões
O IBGE revisou o resultado das vendas no varejo ampliado em junho ante maio, de uma queda de 2,5% para uma redução de 3,1%.
No varejo restrito, a taxa de junho ante maio foi mantida em recuo de 0,1%.
Comparação com o pico
De acordo com o IBGE, após a queda de 0,3% no volume vendido em julho ante junho, o varejo passou a operar em patamar 1,1% abaixo do recorde de vendas, visto em março de 2025.
O varejo ampliado, que cresceu 1,3% em julho ante junho, operava 4% aquém do pico da série histórica, alcançado em março de 2025.
Pandemia
Conforme o IBGE, o volume de vendas do varejo chegou a julho em patamar 9% acima do nível de fevereiro de 2020, no pré-pandemia. No varejo ampliado – que inclui as atividades de veículos, material de construção e atacado alimentício -, as vendas operam 3,3% acima do pré-pandemia.
Os segmentos de artigos farmacêuticos, supermercados, veículos, combustíveis e material de construção estão operando acima do patamar pré-crise sanitária.
O segmento de artigos farmacêuticos opera em patamar 40,5% acima do pré-crise sanitária; supermercados, 11,8% acima; veículos, 6,7% acima; combustíveis e lubrificantes, 6,5% acima; e material de construção, 5,5% acima.
Os móveis e eletrodomésticos estão 1,7% abaixo do nível de fevereiro de 2020; outros artigos de uso pessoal e doméstico, 4,3% abaixo; equipamentos de informática e comunicação, 13,6% aquém; tecidos, vestuário e calçados, 17,8% abaixo; e livros e papelaria, 43,8% abaixo.