Faltando uma semana para o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por golpe de Estado no Supremo Tribunal Federal (STF), o seu aliado e governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, foi alçado a candidato a presidente da República num evento de seu partido, o Republicanos.
A legenda comemorou 20 anos de idade numa festa em Brasília, na noite desta segunda-feira, 25, com suas principais lideranças. Em seu discurso, o presidente nacional, Marcos Pereira, sugeriu que Tarcísio pode ser o nome da sigla para disputar o Palácio do Planalto em 2026.
“Quem sabe se a conjuntura permitir, teremos um candidato a presidente da República. Não é, Tarcísio?”, discursou em aceno ao governador, que estava na primeira fila e foi ovacionado pela plateia quando apareceu no telão.
Tarcísio, por sua vez, discursou falando de temas nacionais. Do palco, ele criticou o governo Lula e fez acenos à uma eventual aprovação da anistia no Congresso, sem, no entanto, usar esse termo – ele falou em “pacificação” via Legislativo.
Tarcísio fez tanto acenos ao conservadorismo, ao dizer que “família é projeto de Deus, pilar de uma sociedade sadia”, quanto aos agentes do mercado financeiro. Ele disse que “um governo que gasta muito, afasta investimentos” e que “o imposto deve ser mais baixo para quem gera emprego e oportunidade, as nossas empresas”.
Em seguida, disse que “podemos trabalhar pela harmonia entre os Poderes, que hoje estão desequilibrados, trabalhar pelo restabelecimento do equilíbrio”.
Ele também falou de economia e afirmou que governos que gastam muito provocam ou o aumento da inflação ou o aumento dos juros.
“Há uma agenda fiscal inescapável ao Brasil, que envolve maior flexibilidade orçamentária, desvinculação de receitas, desindexação da economia, revisão de gastos com subsídios, fortalecimento da Lei de Responsabilidade Fiscal e a revisão contínua de políticas públicas. Essa é a receita do sucesso, e o Republicanos vai ser fundamental para implementá-la”, discursou.
Tarcísio também falou na necessidade de aprovar reformas e com apoio do Congresso. “Nós podemos mobilizar uma cruzada pela justiça, liberdade, paz, prosperidade. Podemos aprovar as reformas que precisamos, contribuir para a pacificação nacional. Nós precisamos de pacificação, e o Congresso Nacional tem um papel fundamental nessa pacificação. Não podemos permitir que ninguém tire essa prerrogativa do Congresso”, afirmou.