Grupo Habitação sobe 0,91% em julho ante 0,99% em junho no IPCA

Os gastos das famílias brasileiras com Habitação passaram de uma elevação de 0,99% em junho para uma alta de 0,91% em julho. O resultado levou a uma contribuição de 0,14 ponto porcentual para a taxa de 0,26% registrada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do último mês, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A energia elétrica residencial aumentou 3,04%, subitem de maior pressão individual no IPCA do mês, uma contribuição de 0,12 ponto porcentual. O aumento foi impulsionado pelo reajuste de 13,97% em uma das concessionárias em São Paulo desde 04 de julho, de 1,97% em Curitiba desde 24 de junho e de 14,19% em uma das concessionárias de Porto Alegre a partir de 19 de junho. Houve redução de 2,16% nas tarifas de uma das concessionárias do Rio de Janeiro a partir de 17 de junho.

“Cabe destacar que, em julho, permanecia vigente a bandeira tarifária vermelha patamar 1, adicionando R$4,46 na conta de luz a cada 100 KWh consumidos”, lembrou o IBGE.

O gerente do IPCA no IBGE, Fernando Gonçalves, lembra que a energia elétrica sofrerá impactos distintos no mês de agosto, com a pressão da entrada em vigor da bandeira tarifária vermelha patamar 2, mas também o alívio proveniente do bônus de Itaipu nas contas de luz.

A energia elétrica residencial acumula uma alta de 10,18% no ano, item de maior pressão individual para a inflação do período, uma contribuição de 0,39 ponto porcentual para a taxa de 3,26% registrada pelo IPCA.

“Esta variação (10,18%) é a maior para o período janeiro a julho desde 2018 quando o acumulado foi de 13,78%”, frisou o IBGE.

Ainda em Habitação, a taxa de água e esgoto subiu 0,13%, devido a reajustes de 4,97% em Salvador a partir de 18 de julho, de 9,88% em Brasília em 1º de junho e de 4,76% em Rio Branco desde 1º de maio (outorgado de forma escalonada entre os meses de maio e junho).

Saúde e Cuidados Pessoais

De acordo com o IBGE, o grupo Saúde e Cuidados pessoais saiu de um avanço de 0,07% em junho para uma alta de 0,45% em julho. O grupo contribuiu com 0,06 ponto porcentual para a taxa de 0,26% do IPCA do último mês.

O resultado foi sustentado pelos aumentos nos itens de higiene pessoal (0,98%) e no plano de saúde (0,35%).

A alta no plano de saúde reflete a incorporação dos reajustes autorizados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

“Para os planos contratados após a Lei nº 9.656/98, o porcentual é de até 6,06%, com vigência a partir de maio de 2025 e cujo ciclo se encerra em abril de 2026. Para os planos contratados antes da Lei nº 9.656/98, os percentuais autorizados foram de 6,47% e 7,16%, a depender do plano”, lembrou o IBGE.

Vestuário

Conforme o IBGE, o grupo Vestuário saiu de uma alta de 0,75% em junho para um recuo de 0,54% em julho. O grupo contribuiu com -0,03 ponto porcentual para a taxa de 0,26% do IPCA do último mês.

As maiores contribuições negativas partiram das quedas na roupa feminina (-0,98%) e na roupa masculina (-0,87%).

Despesas Pessoais

Segundo o IBGE, o grupo Despesas Pessoais saiu de uma alta de 0,23% em junho para um aumento de 0,76% em julho. O grupo contribuiu com 0,08 ponto porcentual para a taxa de 0,26% do IPCA do último mês.

O avanço foi impulsionado pelo reajuste, a partir de 9 de julho, nos jogos de azar, que aumentaram 11,17%, uma contribuição de 0,05 ponto porcentual para o IPCA de julho.

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