TCU condena ex-diretores do Postalis por prejuízo bilionário em fundo dos Correios

O Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu por condenar ex-diretores do Postalis e o banco BNY Mellon pelo rombo de R$ 1 bilhão no fundo de pensão dos funcionários dos Correios. A avaliação é de que a gestão dos recursos foi feita de forma deficiente e fora do que determina a regulamentação do mercado financeiro.

A gestão dos ativos do fundo foi terceirizada ao grupo BNY Mellon em 2010. Conforme narrado no processo, a má gestão foi a responsável por acumular prejuízos bilionários nos anos seguintes. O Postalis viu seu déficit saltar de R$ 1,34 bilhão em 2010 para R$ 6,77 bilhões em 2015, forçando a instituição a implementar contribuições extraordinárias.

A condenação tem como base o entendimento de que o BNY Mellon atuou com negligência e imperícia ao gerir a carteira, descumprindo o previsto na regulamentação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Já dois ex-dirigentes do Postalis foram responsabilizados por omissão na supervisão e controle das aplicações, mesmo diante de sinais de alerta.

Foram multados os ex-diretores Antonio Carlos Conquista e Ricardo Azevedo, além das duas empresas BNY Mellon. As multas aplicadas somam R$ 307 milhões, sendo R$ 180 milhões para o grupo BNY Mellon, R$ 90 milhões para Antonio Carlos Conquista, além de R$ 37 milhões para Ricardo Azevedo.

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